O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) Sérgio Reze, se diz otimista com o desempenho do mercado automotivo em 2010 e acredita que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não é mais necessária. O benefício fiscal termina no fim deste mês.
- Não vemos a possibilidade de que o IPI reduzido seja mantido. O desconto se esgotou em função do crescimento vigoroso da economia- afirmou.
Além das condições macroeconômicas favoráveis, Reze acha que as vendas de veículos terão o estímulo das promoções "agressivas" por parte das montadoras.
Embora considere que o mercado não precisa mais se amparar no IPI reduzido, Reze acredita que março, último mês de vigência do incentivo, deverá ter vendas "bem superiores às de janeiro e fevereiro". A indústria registrou no mês passado o melhor fevereiro de todos os tempos, com 211.371 automóveis e comerciais leves comercializados. Os emplacamentos de 413.122 unidades no bimestre também foram recorde para o período.
Exigências criticadas
O dirigente da Fenabrave se queixou das exigências das instituições financeiras na liberação de empréstimos para motocicletas.
- Os bancos não podem colocar exigências que não têm condições de ser cumpridas pelo tomador - expressou Reze a jornalistas. Em conjunto com representantes do Sindicato de Motofretistas de São Paulo, a Fenabrave pediu ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que este solicitasse à Caixa flexibilidade nos critérios para a concessão de empréstimo aos motociclistas. Reze disse que recorreu a Lupi pelo fato de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) serem alocados no banco.
As vendas de motos em fevereiro caíram 0,57% ante janeiro, para 120.832 unidades. Porém, subiram 13,2% ante fevereiro de 2009. Foi o segundo melhor fevereiro da história deste segmento, perdendo apenas para 2008 (139.112 unidades). No primeiro bimestre, o comércio de 242.360 motocicletas no País também foi o segundo melhor para o período, ficando somente abaixo do de 2008 (284.702 motos).