A 46ª Expointer já está com portões abertos no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na Região Metropolitana. O público circula pelos espaços e visita o Pavilhão da Agricultura Familiar, os estandes com os animais e a área de artesanato. A partir das 11h, aumentou consideravelmente a circulação dos visitantes.
— Vim para ver os meus sobrinhos competir nos cavalos árabes. Minha expectativa é de que seja uma Expointer maravilhosa — conta a advogada Leticia Kloeckner, de 45 anos, que sempre visita o evento.
No ano em que completa 25 anos, o Pavilhão da Agricultura Familiar conta com 361 produtores distribuídos por 332 estantes - 73 estão pela primeira vez instalados no espaço. No local, o visitante encontra embutidos, chimias, pães, biscoitos, sucos e vinhos, entre outros itens.
Já a área para o setor de máquinas e implementos agrícolas cresceu. Com 0,18 hectare a mais, o número de expositores subiu para 170.
— Estou vindo pela primeira vez e quero conhecer tudo — afirma a orçamentista Juliana Grass, 42, que comprou o ingresso pela internet e não enfrentou fila para adentrar o parque.
O trânsito nos acessos estava bastante complicado neste sábado. Além disso, houve filas para a compra das entradas. Nos guichês, faltavam atendentes. O estudante Luan Laranjeira Litskoski, 16, aguardou pouco mais de 20 minutos para a compra da entrada.
— Será minha primeira vez na Expointer. Sou da Casa Familiar Regional de Alpestre. E estou aqui para conhecer a feira e divulgar a escola, que trabalha na área agrícola — explica o aluno do Ensino Médio.
O cheiro de carne assada tomava conta de alguns ambientes. E a manhã ensolarada ajudou para o sucesso deste primeiro dia de Expointer. O funcionário Paulo Brum, 62, atende no Alambique Bel Vedere, de Augusto Pestana. Desde 2006, o estande participa da Expointer.
— Acho que a Expointer vai bater o recorde de vendas. Ontem (sexta-feira), estávamos instalando e alguns clientes já compravam — diz.
Segundo Brum, o público mais velho pede a cachaça tradicional, enquanto os jovens levam as cachaças frutadas para experimentar. Outra frequentadora, Adair da Silva, 64, visitava a Expointer pela quarta vez. Veio de Ibirama, em Santa Catarina, e carregava sacolas.
— Gosto dos vinhos e chopes artesanais, e dos produtos que os agricultores oferecem aqui. Não compro mais porque pesa na sacola — destaca ela, mostrando itens como queijo e bananas nas sacolas.
No Artesanato Irmãos Camargo, de Santo Antônio das Missões, os artigos mais comercializados são facas e relhos.
— A expectativa é sempre positiva. Comparo a Expointer a uma vitrine de vendas — comenta Imiran Camargo, 61, acrescentando que a faca com bainha trabalhada é a mais procurada por clientes.
Também há muita cultura à disposição dos visitantes. A Casa Polonesa Flores de Ágata, de Santo Antônio do Palma, trabalha com artesanato feito com palha de trigo e MDF.
— No ano passado, foi a melhor Expointer de nossa vida — observa a artesã Ágata Grochot dos Santos, 53, que desde 2016 exibe seu trabalho no Pavilhão da Agricultura Familiar.
Neste ano, aves e pássaros não participam da exposição em função das restrições do estado de emergência zoosanitária por causa da gripe aviária. Mas outros espaços atraem bastante gente. É o caso do setor dos ovinos, onde muitos animais eram banhados pelos tratadores que aproveitavam o sol intenso do fim da manhã.
— Temos o costume de sempre vir. Pretendemos ver tudo — compartilha Flávio Leandro Zanoni de Andrade, 48.
Morador de Cidreira, no litoral norte do RS, ele estava acompanhado da esposa Silvana Matos de Andrade, 47, e do filho Flávio, de 9.
— Gosto mais de ver os cavalos — diz o menino, que espera ganhar uma bombacha dos pais nesta Expointer.
As facas artesanais são outros itens bastante apreciados pelos visitantes. Na Cutelaria Serra Caverá, de Rosário do Sul, as pessoas olhavam e manuseavam algumas delas.
— Estamos com sol e tempo bom. A expectativa é a das melhores — fala Juvenal de Campos Rodrigues, 66, que trabalha com cutelaria.
O governo do Estado projeta manter, ou até superar, a edição de 2022, que bateu recordes de público e de faturamento, tendo 773 mil visitantes e movimentando R$ 7,1 bilhões.
— A Expointer é a consagração, e o sucesso dela já está garantido. Acho que vai ter uma grande afluência de público e, do ponto de vista social e econômico, ela é fundamental — avalia o titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Inovação (Seapi), Giovani Feltes, que disse para GZH que os dados meteorológicos não indicam possibilidade de estiagem para 2024.
Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a Expointer segue aberta até 3 de setembro, em Esteio.