
Não é muito comum. Gatos costumam ficar mais tempo dentro de casa e mesmo aqueles de rua não se mostram tão vulneráveis aos carrapatos como os cachorros. Mas pode acontecer, sim, de você ver aquela coisa preta ou marrom pendurada no pescoço do seu felino –ainda mais se ele sai de vez em quando para a rua.
Saiba que é interessante manter em dia a aplicação de produtos carrapaticidas. Mas cuidados com a toxicidade! Verifique a indicação em lojas especializadas ou converse com seu veterinário de confiança para saber o que é recomendado para o seu gato.
Uma vez com o carrapato no corpo, veja o que pode ser feito:
- Não adianta remover os carrapatos quando já estiver em casa. Isso porque o mal já está feito e eles podem até cair pelo seu tapete iniciando a ovopostura. Se você constatar a presença deles, é interessante levar a uma petshop para banhar seu pet;
- Antigamente se puxava o carrapato e pronto, fim de papo. Mas agora existem pinças para a remoção dos parasitas. Isso porque o aparelho bucal pode ficar preso à derme do seu gato e causar vermelhidão, coceira ou alergia;
- Se você está em um sítio ou na praia e pretende removê-lo, pode segurar o carrapato por inteiro, usando um pano ou papel toalha (para não escorregar) e puxar. Mas isso só depois de deixar óleo mineral (ou azeite) fazer efeito no local da picada por 20 minutos. Óleos podem auxiliar o carrapato a "liberar" a pele do hospedeiro;
- Depois disso, higienize a área afetada, mas não use iodo na pele do gato! É tóxico para ele;
- Ainda assim é interessante passar no veterinário para tratar do ferimento resultante da picadura. Isso porque, passadas algumas semanas, seria prudente seu gato fazer exames de sangue para ver se não foi parasitado internamente.
Daisy Vivian é diplomada pela UFRGS em Medicina Veterinária e Jornalismo. É autora dos livros "Cães e Gatos Sabem Ajudar Seus Donos" e "Olhe-me nos Olhos e Saiba Quem Você É", histórias reais sobre pessoas e seus animais de estimação. Escreve semanalmente em revistadonna.com