Embora o point já esteja consagrado para o pôr do sol e happy hours do Arpoador, o Astor repetiu a fórmula de sucesso de SP e abriu recentemente, em um anexo, o Sub Astor.
Na versão carioca, o movimento acontece não embaixo, mas aos fundos do bar matriz. Para um aficionado por bares, como eu, é possível notar movimentos familiares através de uma trincheira de garrafas. A curiosidade inevitavelmente é provocada. Ao atravessar uma portinha "escoltada", o pequeno lounge com música alta e luz baixa revelam uma atmosfera speakeasy com charme carioca.
O espaço é elegantemente decorado com espelhos, veludo e arabescos em madeira pelas paredes. Os bancos e mesas baixas dão um ar aconchegante e moderno.
Como não poderia deixar de ser, garrafas por todos os lados! Em uma das paredes elas formam uma instalação sinuosa e impactante que lembram ondas do mar. Arte etílica!Com pouco mais de 30 lugares, os mais concorridos são no balcão, em frente aos bartenders estilosos dali. O bar é chefiado pelo carismático e talentoso ex-fuzileiro naval Plínio Joaquim que comanda mais três bartenders. Praticamente um barman por m². Juntos parecem se movimentar em coreografia dentro do bar.
A carta é assinada pelo consagrado Fabio La Pietra, italiano criativo e cheio de personalidade que comanda a unidade paulista.
Todos os drinks tem nomes espirituosos e um só preço, R$31. Estratégia perfeita para driblar decisões baseadas em preço e fazê-las baseadas no sabor! Aplausos! Abri meus trabalhos com o Ordem & Prosecco, com Yaguara blended, Calvados, cítricos e espumante brut. Um drink delicado e refrescante mas que não escondeu o sabor da cachaça (e ganhou meu coração).
As opções do chef Benny Novak para finger food são variadas: sanduíche de porco ou contra-filé, pastel de queijo com cebolas caramelizadas, coquetel de camarão, tábua de frios... Mas optamos por focar nos drinks e seguimos a noite com um clássico: um dirty martini feito com louvor,
acompanhando ostras. Aqui destacadas pelo vinagrete de abobrinha e dedo-de-moça.
Provei o Baker Shop Sour, Black Label, tangerina, limão siciliano, xarope de Guiness e espuma de merengue. Pensei que iria encontrar algo doce no drink da amiga, mas estava bem equilibrado e tinha forte presença do defumado.
O ambiente escuro, fechado, papo com bartenders, música bem selecionada e risadas ajudam a nos envolver completamente em uma experiência sensorial permissiva.
A variedade de drinks é imensa, tentações passam e passeiam ao nosso lado em copos e pratos também. O resumo da noite foi R$ 106,00 muito bem aplicados em muitas gargalhadas, uma porção de brindes e alguns pecados inofensivos.
destemperados
Ao lado dos pecados no Sub Astor
Destemperados
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