Começo a escrever esse post com uma tacinha de vinho ao lado pra tentar retornar um pouco ao clima daquela noite. Era um sábado em Balneário Camboriú e meu tio havia reservado uma mesa para quatro pessoas no mesmo lugar onde ele e meus primos fizeram um curso prático culinário de risotos e gostaram bastante.
O Palatare funciona como um espaço prático para aulas culinárias e também como bistrô, tudo comandado pelo Chef José Vaz.Chegamos às 20:00 e fomos muito bem recepcionados por Margarete Vaz, que é a esposa do chef. Fiquei encantada com o lugar em todos os detalhes; pequeno, requintado, charmoso e romântico. Edith Piaf cantava ao fundo.
A sensação não era nem um pouco a de estar em Balneário Camboriu, mas sim perdidos e aconchegados em algum pequeno restaurante do interior da Europa.
Escolhemos um vinho pinot noir, Redwood Creek para iniciar os trabalhos com o couvert (que era servido em várias etapas). Que vinho gostoso, o aroma frutado que sentimos na hora e o sabor suave conquistou todos.
Pães de leite, crocantes integrais e palitinhos acompanhados por manteiga argentina, caponata e ameixas recheadas com amêndoas e enroladas em bacon chegaram à mesa.
Essa ameixinha deixou uma boa sensação de mistura de sabores e texturas.
O couvert ainda incluía uma salada (que ficarei devendo a foto) de mix de folhas verdes ao molho de manga e gengibre com croutons, parmesão e tomate. Em seguida, um reconfortante creme de abóbora com gengibre, fubá e creme de leite fresco.
Antes dos pratos chegarem, dei uma passada no banheiro, o que nos leva a mais um momento bathroom hunters que eu adoro. Uma pequena caixinha de som fazia soar no banheiro a mesma voz de Edith Piaf que ouvimos no salão. Um sachê aromático onde a canela predominava e pequenos quadrinhos completavam o espaço.
Voltando à mesa; voltando às taças de vinho vazias e “vamos pedir outro vinho? – Sim” Também um pinot-noir, mas desta vez um pinot noir chileno de outra marca, Don Manuel.
A conversa estava boa e animada, tocava jazz e os pratos começaram a chegar um a um, todos individuais. Dois deles eram o peixe do dia (linguado) servido com velouté de vinho branco, limão e ervas de Provença, guarnecido por falso risoto de coco com banana da terra.
Outro pedido foi o salmão grelhado com crosta de gergelim, molho teryiaki ao perfume de maracujá acompanhado por arroz cremoso de tomates.
Simples e delicadamente saboroso.
Meu prato era um tornedor de mignon grelhado ao molho de cogumelos porcini com talharim ao aroma de manjericão.
Veio perfeito como escolhi: ao ponto, saboroso e suculento. O talharim leve e refrescante, com uma única ressalva de que estava salgado um pouco além da conta, mas nada que desequilibrasse o todo.
Entre uma taça de vinho e outra e já satisfeitos e felizes com a experiência, vimos mini suspiros serem servidos em dois sabores: limão e café com chocolate meio amargo. Uma finalização doce e delicada.
A conta total para quatro pessoas ficou em torno de R$300, sem bebidas incluídas. Saímos do Bistrô e magicamente me senti teletransportada de algum lugar para uma rua de Balneário Camboriú.
destemperados
Bistrô Palatare, um recanto encontrado
Renata Diem
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