Feriado de Carnaval em Floripa. O que pessoas normais costumam fazer? Colocam o abadá, enchem a cara de glitter e caem na folia até o sol raiar. O que eu e minha tchurma de foliões fazemos? Procuramos lugarzinhos novos e com boa comida na Ilha. Em uma dessas investidas carnavalísticas, fomos parar no Puta Madre - Comida Bruta.
Essa hamburgueria fica escondidinha em uma das estreitas ruas do Centro da cidade. A fachada é tão discreta que é possível que você passe desatento em frente e nem perceba o que rola ali.
O Puta Madre iniciou suas atividades em 2014 com um singelo trailer na Prainha, onde vendiam os suculentos burgers. O sucesso foi tanto que a estrutura do negócio precisou ser remodelada e passou a atender em um endereço fixo, no estilo lanchonete.
O foco ali é na comida, mas não dá para deixar de reparar na decoração do lugar, que segue uma linha bem rústica.
O menu acompanha a proposta do lugar: sem frescura. Fica fixo na parede, em forma de lousa, com a descrição dos burgers escritas a giz.
As comidinhas são preparadas do lado de lá do balcão onde se faz o pedido, aos olhos do cliente.
Pedimos uma porção de fritas para ir petiscando enquanto esperávamos pelos burgers. Pensávamos que seriam apenas mais umas batatas fritas na nossa vida. Mas não. Eram AS BATATAS FRITAS. Temperadas com a pimenta chilena Merken, incrivelmente sequinhas e saborosas. Vai parecer exagero eu dizer que foi uma das melhores batatinhas que comi na vida? Pois foram. Depois das que a minha vózinha Clara fazia.
O burger Nocaute foi o meu escolhido. Por que ele tem esse nome? Simples: porque leva a combinação de chedar & bacon. Una buemba! A carne do hambúrguer suculenta, as cebolas cortadas beeeeem fininhas e pão extremamente macio. Babo só de lembrar!
O Henrique decidiu-se pelo Enemigo, hambúrguer com gorgonzola, cebola e rúcula. E ainda pediu para acrescentar jalapeño, para deixar o burger mais picante. Achei exótico.
A escolha do Ito foi o Fito, hambúrguer com muçarela, tomate, cebola e chimichurri. Foca naquele queijo derretendo lomba abaixo!
Na hora de pagar a conta no balcão, outra boa surpresa: eles reutilizam a gordura daquelas batatas fritas maravilhosas para fazer sabão. Genialmente sustentável. E vendem por apenas duas dilmas!
Pagamos rapidinho nossa conta de cerca de R$ 30 por cabeça e voltamos correndo pra casa, para assistir ao desfile das campeãs pela televisão. Só sei que não quero esperar até o próximo carnaval para ir de novo ao Puta Madre.
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Puta Madre: hambúrguer de respeito na Ilha
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