Acarajé por aqui é bem fácil de achar. Imaginem que, só nos registros da Associação das Baianas (ABAM), são mais de duas mil profissionais atuando na cidade. Perto da minha casa, inclusive, existem várias, mas confesso que sou capaz de atravessar a cidade pra comer o acarajé de Cira em Itapuã.
Eu nem vou entrar na boa e divertida polêmica de qual é o melhor quitute entre as baianas mais famosas. Mas vocês devem considerar que o olho do dono, ou melhor, da baiana, é importante para garantir a qualidade do produto e Cira está sempre por lá.
É ela quem recebe os pedidos e pagamentos. Cada ficha equivale a um valor e, se quiser o prato descartável, paga-se mais um real.
Aí seguimos para as atendentes, que despacham todo mundo rapidinho evitando grandes filas. Acarajé? Abará? Com camarão ou sem? É só dizer. Elas te apressam mais que o pessoal da Subway.
Pedidos na mão, seguimos para o Posto 12. Um bar que fica ao lado de Cira e funciona em esquema de cooperação há anos. Costumava ir lá nos finais de semana, com minha mãe e irmão, faz um tempão mesmo.
Porque a baiana não disponibiliza assentos nem comercializa bebidas e as pessoas se acomodam no bar vizinho. Essas mesas, da foto abaixo, não são as mais disputadas durante o dia.
Os melhores lugares ficam ao fundo, com vista pro mar. Acomode-se e perceba, perto de você, logo estará um garçom esperando o pedido. Nossa escolha é uma bebida, porque já temos os quitutes da baiana na mesa.
Eu costumo pedir uma Coca-Cola. Há quem diga que esta combinação globalizada é a melhor possível.
De volta aos quitutes, Mateus não hesita em me acompanhar até Itapuã porque só lá encontramos a cavalinha frita no dendê. O peixe fica crocante por fora e bem macio, carnudo e suculento por dentro, de um jeito que você precisa experimentar pra entender.
E o acarajé? Vai dizer que essa crosta avermelhada e esse recheio branquinho não merecem o título de melhor da cidade? E, nos acompanhamentos, vatapá e camarão são mais do que suficientes.
Para arrematar a tarde, pedimos uma porção de lambretas do cardápio do Posto 12, que chega servida numa panela de barro, mas com o caldo separado num copo.
Demora um pouco pra sair, é verdade, mas tem justificativa: o cozimento é feito na hora e só está pronto quando a concha abre na panela. Então veio certinho e estava gostoso também.
É um ótimo programa pro final de semana e, como falei lá no começo, gostamos de fazê-lo sempre que possível. Gastamos quinze reais com o acarajé e a cavalinha e outros vinte e dois reais no Posto 12.
Acarajé da Cira
Rua Aristides Milton, s/n – Itapuã
Não aceita cartões
Posto 12
Rua Aristides Milton, nº 33 – Itapuã
Salvador/BA
Telefone: (71) 3249-5019
* Conteúdo produzido por Amélia Santana