Gauderiando com os lanches do Baita-X

Hoje em dia, nossa querida capital paranaense já tem os seus polos gastronômicos bem definidos como, por exemplo, o tradicional bairro de Santa Felicidade e o recém-batizado Batel Soho. No entanto, totalmente fora desse circuito, na principal rua do Tarumã, o Baita-X tem oferecido aos curitibanos um sabor típico do Rio Grande do Sul. E olha que não estamos falando de churrasco, mas sim, dos famosos lanches porto-alegrenses.

“Gauderiar” nada mais é do que adotar o estilo gaúcho em quaisquer de seus aspectos. Essas mesas e banquinhos rústicos localizados na parte externa são perfeitos para ir entrando no clima.

A decoração da parte interna é simples e voltada para o branco, o que deixa o ambiente bem iluminado. Ao fundo, as geladeiras com diversas bebidas e também o acesso para a cozinha onde são feitos, na hora, os lanches e tudo mais o que a casa oferece.

Era hora de fazer o pedido, e o mascote da casa, muito simpático, já estava esperando por isso.

Copos grandes de suco de laranja e limonada suíça com leite condensado vinham da cozinha para matar a sede. Enquanto isso, a fome ia aumentando (e nós precisaríamos muito dela ao longo da noite).

Decidimos pedir uma porção para abrir os trabalhos. Aipim com bacon é sempre um clássico, além de uma boa pedida. O aipim estava bem macio, e os cubos de bacon não só decoravam tudo, como também estavam torradinhos, carnudos e cheios de sabor. A porção serviu facilmente três pessoas.

Quando vieram os lanches eu pensei: tô lascado! Eram grandes e feitos com pão especial e hambúrguer caseiro. Minha escolha foi o Baita X Cebola Crocante que vem com hambúrguer caseiro, cebola crocante, queijo, ovo frito, alface, tomate e molho especial. Saca só!

Não me aguentei e tive que dar um close. Modéstia à parte, já vale a pena comentar esse post só por essa foto, hein?

Minha mãe pediu o Baita X À Moda que originalmente vem com mignon fatiado, bacon, catupiry, queijo, palmito, ovo frito, alface, tomate, milho, batata frita e molho especial. Tá bom ou quer mais? Porque gaúcho além de ser um povo acolhedor, gosta de tudo muito bem servido.

O cardápio ainda conta com pratos abertos e até um menu kids, mas a salada caesar com mignon, folhas verdes, tomate, cenoura, ovo cozido, croutons, parmesão e molho italiano não fugia a regra do “bem servido”. Duas pessoas dividiriam tranquilamente a porção.

Depois de toda essa empreitada gastronômica, encontramos no caixa um exemplar do Dicionário Gaúcho Brasileiro escrito pelo filólogo e pesquisador do dialeto gaúcho, Batista Bossle. Dei uma folheada e vi que é bem completo, com várias informações adicionais como os locais predominantes de cada expressão e a base etimológica das palavras. Food hunter é cultura sempre. Além disso, o dia em que bater aquela preguiça, o delivery deles também está à disposição.

A conta ficou em 34 reais por pessoa com as bebidas inclusas. Como a minha família é toda gaúcha, nos sentimos em casa. Parafraseando o pensador Cleber Martins: “Ser gaúcho não é opção geográfica, é filosofia de vida”.