O grafite vem tomando Porto Alegre com duas atribuições principais: levar sua arte colorida para os muros da cidade e retomar espaços esquecidos ou marginalizados no urbanismo. Hoje o grafite decora o Túnel da Conceição, como espécie de boas-vindas aos visitantes da Copa do Mundo e leva os artistas gaúchos para mostrarem seu trabalho por todo o planeta. O grafite é diferente da pichação, mas os artistas são muito cuidadosos ao explicar a diferença. ( Ouça no vídeo abaixo a entrevista de Jackson Brum, grafiteiro e produtor geral de um projeto que levou as cores à Zona Norte da Capital).
Jackson é um dos principais nomes do grafite em Porto Alegre. Ainda não tem a referência como Os Gêmeos Grafiteiros, de São Paulo, ou o americano Banksy, que hoje vende suas obras por centenas de milhares de dólares. Jackson, junto com Sabrina Brum, Rafael Lemmas, David Bizarro e Marcelo Pax criaram uma obra conjunta em um dos endereços mais antigos e conhecidamente cinzentos de Porto Alegre, as cercanias do viaduto Obirici, na Zona Norte.
O prédio das lojas Empo, que tomou o lugar do histórico Cinema Rey, construído na década de 50 e fechado em 1980 e que justamente era ladeado por duas pinturas externas da escola surrealista que representavam a sétima arte e o teatro. A ideia, na verdade, veio dos proprietários que tiveram o prédio pichado. ( Ouça no vídeo abaixo a entrevista de Isabel Cristinna Paiva. Consultora de estilo da loja).
Assista o vídeo com imagens dos grafiteiros