Protestos. Manifestações. Palavras de ordem. Reivindicações: é necessário dar as costas para as coisas postas e enfrentar a mudança, o novo, o justo, dar adeus aos sistemas corroídos. Isso na música de 1945. Nem bem Paris foi liberada e já surgem os concertos de música nova e de música não tão nova, colocando em cena o que tinha ficado represado durante os anos de ocupação nazista. Em seguida acontecem os protestos logo ali na virada de 1945 com a música de Stravinsky como objeto. Os atores do tumulto: o coletivo dos alunos de Olivier Messiaen. Não bastava que antes da guerra o russo tivesse enfrentado a novidade dos dodecafonismos e dos atonalismos dos vienenses. Agora que o embate se dava no seu próprio território de adoção, Paris, a palavra de ordem reivindicava uma coisa só: despedir a música que já não servia mais, mesmo que ela fosse escrita por um dos fundadores da música moderna.
Sonoridades
Celso Loureiro Chaves: Tumultos
Os protestos de 2013, estes ainda não tiveram tempo, nem preocupação, com a música. Ainda não se colocaram diante dela e nem a música se colocou dentro deles