Ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), a escritora e acadêmica brasileira Nélida Piñon morreu neste sábado (17), aos 85 anos, em Lisboa. Eleita em 1989, ela foi a primeira mulher a presidir a entidade em 100 anos.
Para o g1, o atual presidente da ABL, Merval Pereira, explicou que Nélida teve problemas nas vias biliares e passou por uma cirurgia de emergência, mas não resistiu.
Ainda de acordo com a ABL, o sepultamento ocorrerá no mausoléu da Academia, que fará uma Sessão da Saudade no dia 2 de março de 2023, no Salão Nobre, em homenagem à autora.
Nascida no Rio de Janeiro em 1937, Nélida se formou em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Em sua vida, teve mais de 20 livros publicados, os quais foram traduzidos em mais de 30 países.
A escritora também venceu dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, colaborou em diversos jornais e revistas literárias e foi correspondente no Brasil da revista Mundo Nuevo, de Paris.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a autora foi ainda, ao lado de Jorge Amado e Paulo Coelho, um dos nomes mais exportados da literatura brasileira. Responsável por romper fronteiras e abrir caminhos para escritores brasileiros.