A franquia Velozes e Furiosos está completando duas décadas de existência — o primeiro filme foi lançado em junho de 2001 nos Estados Unidos e em setembro do mesmo ano por aqui. Ou seja, estamos nos meses de celebração da família liderada por Dominic Toretto (Vin Diesel).
Para quem quiser comemorar os 20 anos dos carros tunados que invadiram a sétima arte, basta ir até o cinema mais próximo e assistir ao novo longa da saga principal, Velozes e Furiosos 9.
Atualmente, a franquia também está se expandindo. Em 2019, por exemplo, foi lançado o primeiro filme derivado (o famoso spin-off): Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw, estrelado por The Rock e Jason Statham. A história ainda se espalhou para os videogames, sendo Velozes e Furiosos: Encruzilhada o mais recente, lançado em 2020, e em série de animação para crianças: Velozes e Furiosos: Espiões do Asfalto, da Netflix.
Mas voltando aos filmes: na visão do público e dos críticos, qual é o melhor Velozes e Furiosos? E qual é o pior? Quanto cada longa custou para ser produzido? Qual foi a maior bilheteria?
Para responder a essas perguntas, GZH preparou um ranking, somando e fazendo a média das notas dos críticos e do público nos principais agregadores sobre cinema: Rotten Tomatoes, IMDb e Metascore. As informações sobre bilheteria e orçamento são do Box Office Mojo. Confira:
10º lugar
+Velozes +Furiosos (2003)
Rotten Tomatoes: 36% | IMDb: 5,9 | Metascore: 38 | Média: 44,3
Bilheteria mundial: US$ 236,3 milhões | Orçamento: US$ 76 milhões
O segundo filme da franquia é o único, sem contar o derivado, que não conta com a presença de Vin Diesel — sim, ele aparece no final de Desafio em Tóquio, lembra? Esse afastamento da "família" não agradou tanto ao público. E nem aos críticos. Por mais que Brian O'Conner (Paul Walker) e Tyrese Gibson (Roman Pearce) tenham conseguido formar uma dupla divertida, a história do filme não cativou. Nem o consagrado diretor John Singleton (Os Donos da Rua) foi capaz de tirar +Velozes +Furiosos da lanterna.
9º lugar
Velozes e Furiosos 4 (2009)
Rotten Tomatoes: 28% | IMDb: 6,6 | Metascore: 46 | Média: 46,6
Bilheteria mundial: US$ 360,3 milhões | Orçamento: US$ 85 milhões
A família do primeiro filme finalmente está toda reunida novamente. Não tem como dar errado, certo? Pois bem, não foi bem assim. O quarto longa-metragem da saga foi detonado pela crítica especializada, que reclamou principalmente da história fraca e dos personagens pouco convincentes. Apesar de ser um marco importante para os fãs, por trazer o elenco principal de volta, o filme não configura entre os favoritos, justamente por ser pouco memorável.
8º lugar
Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio (2006)
Rotten Tomatoes: 38% | IMDb: 6,0 | Metascore: 45 | Média: 47,6
Bilheteria mundial: US$ 158,9 milhões | Orçamento: US$ 85 milhões
Odiado por muitos por destoar completamente do que havia sido trabalhado nos filmes anteriores, Desafio em Tóquio tem seus problemas, principalmente no que diz respeito aos personagens e às atuações — difícil de engolir aquele pessoal na casa dos 30 anos interpretando colegiais. No entanto, o filme é o que mais entrega sequências de corrida de carros tunados. O mergulho em Tóquio é muito bem feito e o visual do longa é um dos melhores da saga. Mesmo com os fãs torcendo o nariz, a produção acabou sendo um dos pontos centrais da franquia e voltou com força em Velozes e Furiosos 9.
7º lugar
Velozes e Furiosos 9 (2021)
Rotten Tomatoes: 59% | IMDb: 5,5 | Metascore: 58 | Média: 57,3
Bilheteria mundial: US$ 546,8 milhões (ainda contando) | Orçamento: US$ 225 milhões
Planejado para ser lançado em 2020, o nono filme da franquia chegou aos cinemas somente agora, por conta da pandemia de covid-19. A obra, que é a primeira parte de uma trilogia de encerramento da franquia principal, abraçou o absurdo e simplesmente deixou de lado qualquer limite que um carro pode atingir. Inclusive, enviaram um para o espaço. Apesar de ser um filme muito bem feito e cheio de adrenalina, as notas dadas pelo público foram as mais baixas de toda a saga. A média só melhorou por conta das avaliações do críticos. É preciso fazer uma "reunião de família" para acertar o passo dos dois últimos episódios, Vin Diesel.
6º lugar
Velozes e Furiosos (2001)
Rotten Tomatoes: 54% | IMDb: 6,8 | Metascore: 58 | Média: 60
Bilheteria mundial: US$ 207,2 milhões | Orçamento: US$ 38 milhões
A primeira corrida. Foi em Velozes e Furiosos que a família se reuniu pela primeira vez, há 20 anos. Apesar de o longa não estar no topo dos mais bem avaliados pela crítica ou pelos espectadores, ele é o mais importante de toda a franquia. O que ninguém poderia imaginar é que a trama, simples, que consistia basicamente em retratar gangues urbanas, rachas e roubo de DVD players, evoluiria até chegar ao espaço. Hoje em dia, apesar de vários elementos datados da virada do milênio, o longa ainda funciona bem e merecia uma posição melhor do que essa.
5º lugar
Velozes e Furiosos 8 (2017)
Rotten Tomatoes: 67% | IMDb: 6,6 | Metascore: 56 | Média: 63
Bilheteria mundial: US$ 1,236 bilhão | Orçamento: US$ 250 milhões
O oitavo filme da saga é absurdamente divertido. E tem ninguém menos do que a oscarizada Charlize Theron como vilã, além de uma introdução engraçada em Cuba. A galhofa se faz presente e a trama se perde no meio de tantas forçadas de barra. Mesmo assim, é impossível não apreciar a criatividade dos roteiristas. Até "carros zumbis" tivemos...
4º lugar
Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw (2019)
Rotten Tomatoes: 67% | IMDb: 6,4 | Metascore: 60 | Média: 63,6
Bilheteria mundial: US$ 759 milhões | Orçamento: US$ 200 milhões
Um dos nomes mais rentáveis de Hollywood, The Rock queria um filme de Velozes e Furiosos para chamar de seu, saindo do papel de coadjuvante na franquia para assumir o protagonismo. E é lógico que ele conseguiu. Ao lado de Jason Statham, o derivado focado nos personagens Hobbs e Shaw leva a saga por um caminho ainda mais peculiar do que já vinha sendo traçado, apresentando o conceito de um "super-homem" que, no caso, é o vilão vivido por Idris Elba. O longa, é claro, é divertido, mas exige uma forte suspensão de descrença. Mesmo assim, a produção conseguiu figurar entre as mais bem avaliadas da franquia.
3º lugar
Velozes e Furiosos 6 (2013)
Rotten Tomatoes: 71% | IMDb: 7,0 | Metascore: 61 | Média: 67,3
Bilheteria mundial: US$ 788,6 milhões | Orçamento: US$ 160 milhões
Recebendo a medalha — ou melhor, a calota — de bronze, Velozes e Furiosos 6 consegue repetir a fórmula que deu certo no filme antecessor, mesclando cenas de ação impressionantes, um elenco muito bem entrosado e, claro, carros em alta velocidade. Tanto a crítica quanto os espectadores, fãs ou não da saga, rasgaram elogios para o longa, que ainda mantinha os pés — ou melhor, as rodas — no chão.
2º lugar
Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (2011)
Rotten Tomatoes: 77% (com Certified Fresh) | IMDb: 7,3 | Metascore: 66 | Média: 72
Bilheteria mundial: US$ 626,1 milhões | Orçamento: US$ 125 milhões
Não, não é bairrismo. O quinto filme da saga se passar no Brasil e quase estar no topo do ranking é pura coincidência. E competência. Após descompassos nos episódios 2, 3 e 4, a franquia se achou. E foi justamente no Rio de Janeiro (pelo menos, é onde o filme diz que se passa, apesar de pouca coisa ter sido filmada aqui no país). Com a inserção de The Rock ao elenco, o filme traz uma trama ainda verossímil, o que se perde nos capítulos mais recentes, mas consegue mesclar com momentos de ação de alta octanagem, sequências de corrida insanas e tensão do começo ao fim. E, claro, ainda tem a cena do cofre sendo arrastado pelas ruas, que é um marco da franquia. Merecidamente, Operação Rio está no pódio.
1º lugar
Velozes e Furiosos 7 (2015)
Rotten Tomatoes: 82% (com Certified Fresh) | IMDb: 7,1 | Metascore: 67 | Média: 73,3
Bilheteria mundial: US$ 1,515 bilhão | Orçamento: US$ 190 milhões
O campeão. E não poderia ser diferente. O sétimo capítulo da franquia tem vários acertos, mesmo já carregado de momentos inverossímeis, como carros saltando de aviões usando paraquedas ou, então, pulando de um prédio para outro em Abu Dhabi. Na direção, o longa contava com James Wan, um dos mais criativos e requisitados de sua geração. O cineasta tem uma espécie de "toque de Midas" e consegue transformar tudo o que faz em ouro. Foi assim com Jogos Mortais, Invocação do Mal e, mais recentemente, com Aquaman. Ele, então, estava na posição certa, apesar de ser em uma hora trágica. Foi durante uma pausa nas gravações de Velozes e Furiosos 7 que Paul Walker morreu em um acidente de carro. Logo, Wan, ao lado dos produtores e do roteirista Chris Morgan, conseguiu entregar uma despedida emocionante para o personagem Brian O'Conner, mesclando a magia do cinema com a realidade. Os elogios foram quase unanimidade entre os espectadores e críticos. Arte pura, rapá! O final do filme levou até o mais brucutu dos fãs às lágrimas. Assim, não tinha como Velozes e Furiosos 7 não estar no topo deste ranking. Isso sem falar que foi o primeiro longa da franquia a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão na bilheteria... Sucesso absoluto.