O artista pernambucano José Francisco Borges, conhecido como J.Borges, morreu nesta sexta-feira (26) em Bezerros, no Ceará.
Aos 88 anos, ele estava internado há duas semanas por complicações no pulmão e coração, conforme familiares relataram ao g1. Ele chegou a receber alta e morreu na casa onde morava.
Xilogravurista, cordelista e poeta, J. Borges ficou conhecido como mestre da arte popular brasileira. Na juventude, trabalhou como carpinteiro e pedreiro, até descobrir a literatura de cordel há 60 anos e se tornar escritor.
Com mais de 300 folhetos de cordel produzidos e diversas xilogravuras expostas em museus renomados, entre eles Louvre e Museu de Arte Moderna de Nova York, o artista deixa legado especialmente na arte nordestina.
Em nota, o Memorial J.Borges escreveu: "Ainda sem palavras para descrever tamanha perda". "Você foi único, e necessário. Você foi responsável por criar uma identidade única para gravura. Você será eternamente lembrado por nós. E você viverá eternamente em sua Arte", acrescenta o comunicado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentou a morte e lembrou que presenteou o papa Francisco um com quadro do artista. "Nos despedimos hoje de José Francisco Borges, o J. Borges, um dos maiores xilogravuristas do país. Autodidata, começou a trabalhar muito cedo no agreste pernambucano. Fiquei muito feliz de poder levar sua arte até o Papa. Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores deste grande artista do nosso país", afirmou por meio de nota compartilhada no X.
O velório será no Centro de Artesanato, em Bezerros, na sexta-feira (26). O sepultamento está marcado para sábado (27), no mesmo município.
