Uma das grandes colecionadoras de arte do país, Evelyn Ioschpe morreu neste domingo (24), aos 71 anos, em São Paulo. Socióloga e jornalista, ela era presidente da Fundação Ioschpe, cujo foco são projetos de educação e qualificação profissional de jovens, e ainda comandava o Instituto Arte na Escola. A causa da morte não foi divulgada.
Evelyn foi diretora do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) entre abril de 1983 e março de 1987, tornando-se a primeira mulher a gerir o espaço cultural.
Durante sua gestão, realizou diversas e importantes exposições no Margs, como Iberê Camargo: trajetória e encontros (1985), juntamente com Icleia Cattani, tendo sido uma das primeiras mulheres a assinar curadorias de exposição no museu.
"O MARGS agradece ter contado com sua profissional e dedicada gestão, assim como ter feito parte de sua história e passagem. Deixamos nossa solidariedade e nossos mais profundos sentimentos aos familiares e amigos", manifestou-se a instituição através de uma nota de pesar.
No início do mês, ela e seu marido, Ivoncy Ioschpe, entregaram em comodato 300 obras de artistas modernos e contemporâneos brasileiros para a Pinacoteca de São Paulo. Entre as obras cedidas pela Coleção Ioschpe, está um conjunto de retratos e autorretratos de artistas como Ismael Nery, Flávio de Carvalho, Djanira e Portinari.
Evelyn Ioschpe deixa o marido, dois filhos e netos. O enterro estava marcado para o início da tarde desta segunda-feira (24) no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.