A menos de dois meses da abertura, estão a todo vapor os preparativos para mais uma edição da Bienal do Mercosul, em Porto Alegre — que virá maior, mais forte e mais diversa, depois de ter sido postergada pela catástrofe climática. Será a Bienal da retomada.
— Estamos a mil. Em fevereiro começam os treinamentos dos monitores e entre o fim do mês e o início de março daremos a largada para a montagem dos espaços, já com a presença de artistas — diz Carmen Ferrão, empresária à frente da Bienal.
A partir de 27 de março, o evento vai se espalhar por 18 espaços da Capital e da Região Metropolitana (sete a mais do que em 2022), nos lugares clássicos (como Museu de Arte do RS e Fundação Iberê) e também fora do eixo central (em bairros como Lomba do Pinheiro e Restinga e até em Viamão).
Haverá obras (a maioria inéditas) de 76 artistas do Brasil e do mundo, com participação em peso de latino-americanos e asiáticos. Serão mais de dois meses de atividades, até 1º de junho, com acesso 100% gratuito.
Não será só bonito: será mais uma baita oportunidade para divulgar o RS e de turbinar a economia.
Na última edição, mais de 800 mil pessoas circularam pelos espaços expositivos. O evento gerou 1,2 mil empregos diretos e indiretos, fora o resto. Quem visita as exposições, costuma gastar com comida, bebida e transporte.
Dessa vez, haverá um adicional: dificilmente, será possível ver tudo em um único dia. Quem vier de fora, tende a ficar ao menos uma noite na cidade, o que é bom para a rede hoteleira, para os bares, cafés e restaurantes (que terão Arte no Prato) e para o comércio e os serviços.
É por essas e por outras que a arte é um bem coletivo. Que venha a Bienal do Mercosul.