Após um brasileiro destruir uma estátua de mais de 250 anos no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, enquanto tirava uma foto, a equipe do museu realizou uma reunião na última segunda-feira para avaliar os danos causados pelo acidente.
Segundo informações do jornal português Público, foi divulgado um comunicado, assinado pela Direção-Geral do Patrimônio (DGPC) e pelo Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), que a recuperação da escultura é possível, mas obrigará à "constituição de uma equipe multidisciplinar".
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No documento, as duas entidades explicam que a peça em "madeira de zimbro, com olhos de vidro, dourada e policromada", produzida em Lisboa entre 1765 e 1790 por um autor desconhecido, caiu da estrutura em que se encontrava por conta de uma "forte colisão de um visitante que, caminhando de costas, fotografava outra obra em exposição na mesma sala".
Conforme informações do Público, as asas do Arcanjo soltaram-se em consequência da queda, assim como as plumas que servem de remate ao seu capacete militar, elementos que são encaixados. "Na análise física e macroscópica, registam-se fraturas, rupturas, descolamentos e perdas pontuais da camada de acabamento policromo (a superfície pintada), nomeadamente na asa esquerda, plumas, braço direito, dedo indicador direito, parte traseira e ponta do manto", descreve a nota.
No momento, a escultura danificada está nas reservas do museu, aguardando que seja criada uma equipe multidisciplinar para que a intervenção de restauro comece.
Ao jornal Diário de Notícias, o diretor adjunto do Museu Nacional de Arte Antiga de Portugal, José Alberto Seabra Carvalho, contou que o visitante brasileiro, que não teve a sua identidade revelada, ficou "incomodadíssimo" e "chorou" após o incidente.