Em 1918, a gripe espanhola causou, oficialmente, 1.316 óbitos na Capital (que contava com uma população de 192 mil habitantes), embora seja provável que o número tenha sido maior, já que muitas mortes não foram comunicadas às autoridades sanitárias. Uma curiosidade é que, em certo momento, faltaram coveiros para sepultar as vítimas da epidemia. Muitos desses profissionais também estavam doentes ou haviam falecido. Com isso, o Cemitério da Santa Casa de Misericórdia solicitou reforço de pessoal à Diretoria de Higiene do Rio Grande do Sul — foram, então, escalados 16 presidiários da Casa de Correção para dar continuidade às atividades de sepultamento.
Mão de obra apenada
Um crânio nos escombros da antiga Casa de Correção
Durante a epidemia da gripe espanhola, prisioneiros do Cadeião, como era popularmente conhecida a instituição, foram escalados para ajudar a sepultar vítimas da doença na Capital
Paulo César Teixeira - interino
Enviar email