O Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, sediado no Memorial do RS (Praça da Alfândega), está promovendo (até o dia 30, de terça a sábado, das 10h às 18h, e domingo, das 13h às 17h, com entrada franca) a exposição de documentos originais do acervo relacionados à Guerra dos Farrapos.
Segundo Rejane Penna, historiadora do AHRS, "a Revolução Farroupilha (1835-1845) sofreu um processo de mitificação que dificultou a sua discussão, à medida que foi transformada em símbolo de uma determinada imagem do Rio Grande".
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Para uma melhor compreensão do conflito, é importante conhecer esse acervo, que é uma das maiores coleções de documentos a respeito dos fatos ocorridos. O "separatismo", com a fundação da República Rio-Grandense, em 11 de setembro 1836, até hoje fruto de intensas discussões sobre as suas reais motivações, foi eleito tema da mostra.
Está exposto material de diversos fundos, como Iconografia e Coleção Varela, mas foi privilegiada a reunião de jornais e documentos da Coleção Ferreira Rodrigues, que está com o Arquivo Histórico do RS desde meados de 1920.
Para ajudar a formar uma ideia do que foi constituir um governo republicano, com ministros, moeda e legislação próprios durante o conflito farroupilha, foram selecionadas imagens e documentos que fizeram parte desse período, como, por exemplo, uma carta de 1836, na qual o líder Bento Gonçalves finaliza afirmando: "Não vacilemos, meu amigo, vale mais morrer livre do que viver escravo, como disse o grande Catão".