As praias estão para o verão assim como a serra está para o inverno, correto? Mais ou menos. Outras regiões de Santa Catarina têm atraído turistas na época mais fria do ano.
É evidente que os locais de altitude recebem a maioria dos visitantes, principalmente se a temporada for caracterizada pela chance de neve. Mas as paisagens, as atrações e a gastronomia de outras quatro áreas definidas pela Santa Catarina Turismo (Santur) também chamam a atenção pelo potencial turístico: o Caminho dos Canyons (Extremo Sul), os Encantos do Sul (Litoral Sul), o Vale do Contestado (Planalto Norte) e o Caminho dos Príncipes (Norte).
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– A Serra Catarinense despertou. Com a enologia, já temos inclusive um roteiro de vinhos. Os hotéis-fazenda, que também são muito bons, não precisam estar na Serra, como comprova o município de Gaspar, por exemplo. Eles têm programações semanais e têm mantido esse público – afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Turismo em SC, Kid Stadler.
Em tempos de veranicos no meio ao inverno, os viajantes também se dirige ao litoral. Os balneários catarinenses continuam recebendo visitantes nesta época do ano.
– A marca Florianópolis é o nosso principal produto turístico. Por ela, os visitantes chegam e podem conhecer outros lugares, cada um com a sua peculiaridade – explica o presidente da Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (Abav) em Santa Catarina, Eduardo Loch.
1. Serra Catarinense
A beleza natural da Serra Catarinense impressiona. A paisagem, formada por florestas de araucárias, rios, cachoeiras, vales, campos de altitude e grandes cânions, é a mais procurada no inverno. Lugares como a Serra do Rio do Rastro, a Serra do Corvo Branco e o Morro da Igreja são visitas obrigatórias, com estradas sinuosas que cortam as montanhas até atingirem alguns dos pontos mais altos do país. Nos dias de céu claro, é possível avistar o litoral.
A Serra tem picos com altitudes que chegam a 1.827 metros, como no Morro da Boa Vista. É umas das regiões mais frias do Brasil, a única onde neva em quase todos os invernos – ainda que por poucos dias. Nesta época do ano, a paisagem ganha um toque especial, com geadas, nevoeiros, granizo, cachoeiras congeladas e nevascas que fazem a alegria de turistas.
Cartão-postal imperdível
Morro da Igreja Campestre (SC-439, km 7, em Urubici), com acesso mais difícil, mas com vista que faz a caminhada valer a pena mil metros acima. Outra opção é subir com um carro com tração 4x4. Paga-se R$ 5 por pessoa para entrar.
Atividade essencial
Aproveite as melhores vistas. Comece pela Cascata do Avencal, suba o Morro da Igreja e aviste a famosa Pedra Furada, em Urubici. Siga pela SC-370 até a Serra do Corvo Branco. Tente passar pela Cascata Véu de Noiva, no caminho para São Joaquim.
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No site www.serrasc.com.br ou no aplicativo gratuito Guia Serra SC, disponível para iOS e Android.
2. Caminho dos Príncipes
O nome turístico da região tem origem em um episódio ocorrido em 1853, quando as terras da atual Joinville foram incluídas no dote de casamento do príncipe de Joinville com a princesa Francisca Carolina, irmã de D. Pedro II. Mas é a colonização alemã que predomina nos municípios, que têm também influências de italianos, suíços, húngaros, tchecos, ucranianos, noruegueses, poloneses e japoneses.
Alguns dos maiores eventos culturais do Estado ocorrem em Joinville, como a Festa das Flores e o Festival de Dança. Já em São Francisco do Sul, os pontos altos são os mais de 150 prédios históricos do Centro, sendo um deles sede do Museu Nacional do Mar.
O Caminho dos Príncipes é um ótimo destino para quem aprecia ecoturismo e esportes de aventura, ideais para serem praticados em Corupá, Schroeder, Jaraguá do Sul e Papanduva. Na Baía de Babitonga, e especialmente em Garuva, a atração é a pesca do robalo.
Cartão-postal imperdível
As vistas para a Serra do Mar proporcionadas pelo trem a vapor que sai de Rio Negrinho e percorre 47 quilômetros de descida passando por túneis, pontes e rios. Ao final do trajeto, é servido um almoço típico polonês em Rio Natal a R$ 15.
Atividade essencial
Visita ao Museu da Terra e da Vida (Av. Nereu Ramos, 1.071, Jardim dos Moinhos, Mafra), que expõe fósseis e evidências geológicas do sul do Brasil há 300 milhões de anos. Aberto de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 16h30min.
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No site turismo.sc.gov.br/destinos/caminhos-dos-principes
3. Vale do Contestado
Esta região catarinense tem grande valor histórico em função da Guerra do Contestado, ocorrida no início do século 20. Existem, no entanto, outras atrações, como cachoeiras, vales e planaltos de vegetação preservada, onde o ecoturismo é opção. Também não há como não se encantar com a arquitetura típica das construções e a riqueza multicultural, resultado das colonizações austríaca, japonesa, italiana e alemã, principalmente.
A hospitalidade é a marca daquela que ficou conhecida como a Rota da Amizade. Formado por sete municípios, o roteiro inclui tour por Joaçaba, visitas às águas termais de Piratuba e às construções típicas da austríaca Treze Tílias, degustações de vinho em Videira e Tangará, além de passeios pela comunidade japonesa de Frei Rogério e uma deliciosa caminhada pelos pomares de Fraiburgo.
Cartão-postal imperdível
Torres de uma antiga igreja que emergem do meio da represa da Usina Hidrelétrica de Itá, inaugurada no final do século passado.
Atividade essencial
Visita ao Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado (Praça da República, 20, Centro, Curitibanos).
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No site rotadaamizade.com.br
4. Encantos do Sul
Quem gosta de visitar cidades históricas vai se encantar com Laguna, terra de Anita Garibaldi. Já Imbituba, Garopaba e Jaguaruna são ótimos destinos para adeptos de ecoturismo e esportes de aventura. Essa faixa litorânea também é o principal berçário das baleias-francas no inverno.
No interior, os destaques vão das estâncias termais de Tubarão e Gravatal aos municípios onde a cultura italiana e alemã são predominantes, como Urussanga, Nova Veneza, Orleans, São Martinho, Santa Rosa de Lima, Forquilhinha e as duas maiores cidades do Sul catarinense, Tubarão e Criciúma.
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Farol de Santa Marta, em Laguna. Construído por franceses em 1891, misturando pedra, concha, areia, barro e óleo de baleia, o farol é considerado o maior das Américas e o terceiro maior do mundo em alcance de foco de luz.
Atividade essencial
Visita ao Centro Nacional de Conservação da Baleia Franca (Avenida Atlântica, s/nº, Itapiruba Norte, Imbituba), aberto de terça a domingo, das 9h às 17h.
Uma novidade de 2017
Avistamento por terra de baleia-franca na praia da Gamboa (Garopaba) ou na praia da Ribanceira (Imbituba). O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) de Garopaba, em parceria com o Sebrae, lançou o Roteiros de Turismo de Observação de Baleia por Terra.
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No site baleia.info, há informações em tempo real sobre a presença de baleias-francas no litoral.
5. Caminho dos Canyons
Os cânions do Parque Nacional de Aparados da Serra e da Serra Geral dão nome a essa região turística no extremo sul do Estado, colonizada por italianos, portugueses e alemães.
Procurada principalmente pelos amantes do ecoturismo, em expedições que adentram as grandes montanhas abruptamente recortadas pela ação da natureza, a rota apresenta também outras atrações no litoral e no interior. Araranguá é a maior cidade, com boa infraestrutura de comércio e serviços, além de praias, dunas, furnas e um dos mais belos cartões-postais catarinenses: o Morro dos Conventos.
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Vista da trilha do Rio do Boi.
Atividade essencial
Trilha no interior dos cânions, sempre na companhia de um guia turístico.
Uma novidade de 2017
Cavalgadas no Vale dos Canyons, também acompanhadas de profissional certificado.
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No site rotadoscanyons.com.br