Se você tirou... hotel, pousada ou apê
No hotel, você tem muita coisa à sua a disposição com apenas um telefonema. Os serviços variam entre os empreendimentos – mas, no geral, quanto mais serviços, mais cara fica a estadia. As pousadas são parecidas com hotéis, mas geralmente menores (podem ter, no máximo, 30 quartos).
Os estabelecimentos chamados de "cama e café" são ambientes caseiros e tendem a ser mais baratos. Segundo classificação do Ministério do Turismo, são residências com no máximo três quartos que oferecem serviços de café da manhã e limpeza e nas quais o dono reside. Mas fique atento: alguns contam apenas com banheiros compartilhados.
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Se você não quer nenhuma surpresa, considere contratar uma agência de viagens. Muitas vezes, os agentes já estiveram no hotel e podem atestar a qualidade ou conhecem pessoas de confiança que indiquem um bom estabelecimento.
Uma outra opção de hospedagem que está se tornando popular é o aluguel de imóveis. Há muitos sites que oferecem casas ou apartamentos de pessoas comuns (apelidados de anfitriões) por curtos ou longos períodos. Para quem viaja com família ou amigos, especialmente, pode ficar bem mais em conta, sem abrir mão da privacidade. Fora que você terá toda a estrutura de uma residência.
– São boas opções que a tecnologia nos proporciona. Importante forma de, às vezes, economizar em tempos de economia compartilhada – avalia o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio Grande do Sul (Abav-RS), João Augusto Machado.
Em todos os casos, é preciso ler muito bem o anúncio para não ter surpresas desagradáveis. Machado aconselha considerar alguns pontos:
– Se o hotel tem boas referências e depoimentos em sites especializados, se a localização é adequada aos interesses de sua viagem e se é em uma região segura. Importante observar políticas de cancelamento ao confirmar uma reserva. Há tarifas que não permitem cancelamento.
Alguns sites para aluguel de imóveis
-Airbnb
-Alugue Temporada
-Casa Férias
-Max Temporada
-Temporada Livre
-Temporada Plus
Se você tirou... albergue
Se você gosta mesmo é de conhecer gente nova enquanto está viajando, o melhor lugar para se hospedar é em um hostel (albergue). São espécies de hotéis em que os quartos são divididos entre duas ou mais pessoas. Para quem está viajando sozinho, é uma ótima chance de arranjar companhia para alguns passeios ou festas.
– O conceito de compartilhar está muito presente neste tipo de hospedagem, já que não só os quartos são compartilhados: também a cozinha, as áreas de lazer e até os banheiros. Impossível não conhecer gente nova! – observa Juliane Soares, do blog Viajar com pouco.
E não se deixe impressionar com aquele filme de terror que foi sucesso em 2005: de vez em quando ocorrem alguns furtos, é verdade, mas não passa disso. Basta ter muito cuidado com seus pertences (geralmente, são oferecidos espaços para guardar a bagagem que podem ser trancados com cadeado – aliás, leve sempre uns dois com você).
Há vários tipos de hostel, como os de rede (geralmente maiores, com tendência a ser mais impessoais), caseiros (pequenos, em que o dono é o anfitrião e está sempre por perto) e os "party hostels", que promovem festas e eventos para incentivar a integração entre os hóspedes.
Por isso, ao escolher o seu, leia muito bem o anúncio e, especialmente, as avaliações dos outros viajantes sobre o lugar. Se você gosta de uma boa noite de sono, por exemplo, um albergue que tenha festas até tarde não é uma boa. Até porque, hoje em dia, esse tipo de hospedagem não é escolha só dos mais jovens.
– Os hostels têm ganhado cada vez mais adeptos. É muito comum ver grupos de idosos e até mesmo famílias inteiras – comenta Juliane.
Quem quer o clima de hostel com mais conforto pode verificar se o albergue conta com quartos privativos (mas as tarifas, às vezes, assemelham-se às dos hotéis). No Airbnb, também é possível alugar quartos em casas de desconhecidos. Só que nem sempre os anfitriões topam socializar.
Sites que reúnem hostels
-HostelWorld
-HostelBookers
-Hostelling International
-Hostels.com (em inglês)
Se você tirou... CouchSurfing e outras plataformas
A falta de dinheiro não precisa ser um impeditivo para viajar: dá para se hospedar de graça até nas cidades mais caras.
Na plataforma CouchSurfing, moradores oferecem um sofá, uma cama ou qualquer espacinho da casa em que se possa descansar, gratuitamente. Mas não embarque nessa apenas no espírito de ter um teto de graça: acima de tudo, o serviço serve para conectar pessoas de diferentes partes do mundo.
Ou seja, seu anfitrião espera que você interaja com ele, fale sobre sua vida, sobre o lugar onde mora. Muitos, inclusive, levam o hóspede para um city tour ou a programas com amigos.
O CouchSurfing é ótimo para socializar e viver experiências como os locais. Mas também não é para todos. O hóspede precisa ter um certo jogo de cintura – afinal, estará de convidado na casa de um desconhecido, com cultura e hábitos diferentes do seu. Uma dose de flexibilidade e muito bom senso são fundamentais. Além disso, os anfitriões, no geral, preferem que a hospedagem não passe de dois ou três dias.
Caso você vá viajar por um longo período, a blogueira Juliane Soares lembra que é possível trabalhar em troca de hospedagem, por meio de plataformas como Worldpackers, Workaway e TrustedHousesitters.
Também há sites em que os usuários podem simplesmente trocar de casa com pessoas de outros lugares do mundo por um período, como no filme O Amor não tira férias (2006), com Kate Winslet, Jack Black, Cameron Diaz e Jude Law. Dois deles: Home Exchange e Guest to Guest.