Esta nem o Renato Russo previu. Namorados, Mônica Morás e Eduardo Viero, de Novo Hamburgo, não eram tão diferentes quanto o casal da música da Legião Urbana e decidiram fazer uma volta ao mundo juntos. Mônica nos conta, abaixo, como têm sido esses 10 meses de viagem.
Mônica Morás
Gostamos de viajar, e foi isto que nos uniu quatro anos atrás. Mas, nesse tempo de namoro, sempre tivemos o sonho em comum da volta ao mundo. O momento mais difícil foi tomar a decisão. Eu deixei o trabalho e o mestrado. O Eduardo, que é fotógrafo, decidiu arriscar algo maior sem fugir do seu estilo.
Estamos na Ásia desde junho de 2014, quando deixamos Novo Hamburgo. Até agora, já foram 11 países visitados. O roteiro serve apenas como base, e nosso objetivo é nos permitir mudar os planos, ficar mais tempo, descobrir novas rotas que nos mostrem formas diferentes de ver as coisas.
Dizer que estamos tendo uma imersão cultural seria pretensão, mas conhecemos muitos nativos nesse formato de viagem, em que nos hospedamos na casa das pessoas (pelo Airbnb). Participamos de eventos familiares, vamos a festivais, vivemos com locais como locais. Já colecionamos várias famílias.
Nossas dificuldades são a saudade da família e dos amigos, a rotina comprometida com as mudanças constantes, a dificuldade de viver apenas com uma mochila de 12 quilos cada um, com absolutamente tudo o que temos de material ali dentro, e viver sempre no limite do orçamento, ainda mais com a alta do dólar.
Das coisas boas, são as experiências únicas que tivemos. Não há palavras para descrever como foi cruzar a Rússia pela ferrovia Transiberiana, viver com uma família nômade na Mongólia em uma ger (tradicional tenda circular), e todos os ensinamentos de China, Hong Kong, Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia, Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã. Cada história é única na nossa viagem de descobertas despretensiosas.
Depois que decidimos viajar, tudo mudou - nossa forma de pensar e agir, nosso lifestyle, que compartilhamos no site e no Facebook. Nos fez ver que menos é mais, que o medo é o que impede as pessoas de realizar seus sonhos e que as consequências negativas da nossa primeira decisão são muito pequenas em relação à infinidade de coisas maravilhosas que têm nos acontecido.
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