A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (15) a Operação Virginia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e armas de fogo.
A ação ocorre em diversas regiões do Estado e também fora dele, com ordens judiciais sendo cumpridas em Porto Alegre e na Região Metropolitana, na Serra e no Paraná. Até o momento, foram cumpridos 10 mandados de prisão, sendo seis contra alvos já encarcerados. Outros dois não foram localizados.
A operação é fruto de uma investigação que teve início em maio de 2023. Na ocasião, um casal foi preso em flagrante no bairro Lomba do Pinheiro, na Capital, com entorpecentes, dinheiro em espécie e celulares. O homem, que utilizava tornozeleira eletrônica, voltou a ser preso nesta terça-feira.
— Ele era gerente, então ele comercializava e distribuía drogas, recebia dinheiro, então ele era uma pessoa muito importante nesta facção criminosa — afirma o delegado Alencar Carraro, do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
A partir da primeira prisão, em maio de 2023, os investigadores conseguiram identificar outros integrantes do grupo criminoso, bem como o seu modo de atuação em diferentes cidades do Rio Grande do Sul. A facção, segundo a Polícia Civil, tem origem nas vilas Jardim e Cruzeiro, em Porto Alegre. O líder da organização foi assassinado há poucos meses dentro da Penitenciária Estadual de Canoas 3 (Pecan).
Mensagens interceptadas
Durante a investigação, foram interceptadas mensagens entre os criminosos, nas quais eram negociadas drogas e armas. Em uma das conversas, um dos integrantes da facção criminosa oferece uma pistola Taurus, calibre .40, pelo valor de R$ 10 mil. A entrega seria realizada no município de Guaíba.
Em vídeos também interceptados pelos investigadores, os criminosos exibem grandes quantidades de maconha prensada e pasta base de cocaína.
Ordens judiciais
Ao todo, 36 pessoas são investigadas na operação. Foram cumpridas 33 ordens judiciais — 12 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão domiciliar. As ações ocorrem nos municípios de Porto Alegre, Viamão, São Leopoldo, Bento Gonçalves, Gramado, Erechim e também em Curitiba, no Paraná. Mandados de busca também são cumpridos em diversas penitenciárias gaúchas.