O forte calor e o tempo ensolarado marcaram o dia nas praias do litoral norte gaúcho. Nesta terça-feira (11), era possível observar veranistas sob a sombra dos guarda-sóis, protegidos por chapéus e bebendo água de coco. Alguns se refrescavam com um banho de mar.
Ao meio-dia, os termômetros já marcavam 33ºC. A sensação térmica era maior e o sol estava abrasivo em contato com a pele.
No Balneário de Maristela, vinculado à prefeitura de Xangri-lá, quem estava na faixa de areia procurava ficar na sombra.
O sociólogo Mauro Silva, 60 anos, estava sob o guarda-sol tomando água de coco. Morador de Porto Alegre, ele conta como enfrenta os dias de temperaturas tão elevadas.
— É guarda-sol com certeza e uma água de coco bem geladinha. Trocar o mate pela água — diz, acrescentando que nunca tinha presenciado um calor tão persistente como o registrado nos últimos dias.
No Quiosque 12 de Maristela, a comerciante Marta Regio, 62, atendia alguns clientes em busca de sombra e de alguma bebida para se hidratar.
— Os veranistas que estão aqui vêm em massa (ao quiosque). Querem principalmente água de coco, açaí e cerveja — relata, citando peixe e batata-frita como os acompanhamentos mais solicitados.
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Calor "horrível"
Em Imbé, em torno das 13h30min, havia bastante veranistas à beira-mar nas imediações da guarita 135. Nos quiosques, as pessoas tomavam uma cervejinha gelada, enquanto outros aproveitavam a água para banhos mais demorados.
O vendedor de paçoquinha Dionata Severo Ferreira, 22, refrescava-se num chuveiro no calçadão de Imbé. Ele estava acompanhado da esposa, Carla Nataeli, 23, e do casal de filhos pequenos.
— Tá brabo o calorzinho. A água está geladinha, o banho de mar está bom — diz Ferreira, que vive em São Leopoldo, no Vale do Sinos.
A esposa acrescenta:
— O calor está horrível. Já acordamos com aquele calorão.
Vendas em baixa
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Em Tramandaí, centenas de veranistas aproveitavam a tarde quente. Porém, no calçadão o movimento de pessoas caminhando ou correndo era mais discreto.
Uma vendedora de cangas, a mineira Eusane Santos Soares Rodrigues, 37, saboreava um picolé de uva para se refrescar. Ela diz que as vendas não estão boas na atual temporada de verão:
— Hoje (terça-feira), está até difícil de trabalhar. Os camelôs estão todos indo embora (em função do calor).
A vendedora de sorvetes Fernanda Menezes, 44, também se queixava das vendas. Ela encheu o carrinho com 150 picolés e não tinha comercializado todas as unidades até a metade da tarde.
— Apesar do calor, o pessoal não está gastando tanto. O povo vem para a praia, mas não gasta. Traz cooler de casa.
Na Avenida Emancipação, onde se concentra o comércio de Tramandaí, o movimento era reduzido em função do calorão. Quem podia ficava em locais protegidos e com climatização.