O sol forte, a areia quente ou o adversário. Difícil escolher qual o maior desafio a ser vencido pelos jogadores de beach tennis na manhã deste sábado (15), em Atlântida, no Litoral Norte. Ao meio-dia, os termômetros encostaram nos 30°C, com sensação maior para quem se arriscou nas quadras descobertas.
- O mais difícil é a combinação disso tudo: areia, sol e a galera, que é muito boa. Mas o melhor é que hoje tem pouco vento - pondera Carlos Nunez Ferreira, 46 anos, ranqueado na categoria B.
Quase 500 atletas se reuniram nas 20 arenas instaladas a poucos metros da plataforma de pesca, nas modalidades simples (individual), ou em duplas mistas, femininas ou masculinas.
Ídolo de Grêmio e Internacional, Paulo César Tinga competiu nesta manhã, ao lado do amigo Matheus Costa Leite. O ex-jogador de futebol chegou ao local brincando com os demais:
- São todos meus alunos - apontou para um grupo.
Parte dos veranistas se reuniu nas dunas para assistir aos jogos, em cadeiras de praia ou sob a sombra das tendas instaladas pelos responsáveis, em parceria com patrocinadores e a prefeitura de Xangri-Lá.
O Circuito Challenger Cup é o primeiro torneio oficial do ano e vale pontos para a federação que representa o esporte no Rio Grande do Sul, segundo Gilmar Bones, organizador do evento. Os jogos começaram na sexta-feira (14) e vão até domingo (16).
As categorias vão de iniciante até A. Podem concorrer ainda jogadores nivelados por idade, como preferiu a professora Milena Kepler, 50 anos.
- Eu sou boa no saque, me garanto - afirma, ao lado do esposo, Rogério Kepler, 55 anos, parceiro também nas quadras.
- Se ela diz que é boa, não posso dizer que não - diverte-se o marido.
Rogério também joga dupla masculina. Quando perde, coloca a culpa no genro, Pablo Gomes, 39 anos.
- Essa é a vantagem de jogar com o genro. Já tirou minha filha de mim e agora preciso aguentar ele na quadra - provoca, com bom humor.
A inscrição incluiu uma camiseta do evento, além de água, frutas e barra de cereal. Registrados na federação pagam R$ 85 - caso o atleta queira participar de outras categorias, paga R$ 45 em cada nova inscrição. Os preços sobem para R$ 120 e R$ 60, respectivamente, para quem não é federado.
- Aqui joga todo mundo, família, esposa, amigos. Uma integração muito legal - afirma o representante comercial Marcelo Caliari, 50 anos.
Felipe Kepler, sete anos, ainda não joga campeonatos, mas já bate uma bolinha com a família. Observando as partidas, é direto ao responder o que mais gosta no beach tennis: do jogo.