
Após reunião na manhã deste sábado (28), o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina descartou interditar a praia de Canasvieiras ou interromper uma obra realizada no local. A corporação suspeita que duas mortes por afogamento nesta semana possam ter relação com a ampliação da faixa de areia – as vítimas eram gaúchas. Uma alternativa avaliada é delimitar a área de banho impedindo que os veranistas possam entrar em área de risco. Essa opção, entretanto, só será adotada caso as medidas de segurança adotadas não surtam efeito.
A empresa responsável pelo obra irá instalar placas de alerta a cada 50 metros em português, inglês e espanhol. Haverá reforço da Guarda Municipal para fiscalização. Fora do horário da atuação dos bombeiros, equipes da prefeitura irão circular na faixa de areia com quadriciclos. Nos últimos dias, a sinalização já havia sido reforçada, e o número de guarda-vidas elevado de cinco para 10 – uma embarcação também atua diretamente no local. Cerca de 25 mil pessoas frequentam a região no veraneio.
A faixa de areia está sendo aumentada em Canasvieiras entre a saída do Rio do Brás e Canajurê. Essa distância equivale a 2,3 mil metros de extensão. Os trabalhos começaram em agosto e devem ser concluídos em janeiro. Areia está sendo retirada do mar para ser colocada na praia. Como o mar apresenta a mesma condição de anos anteriores, os bombeiros suspeitam que essa movimentação tenha criado armadilhas na água.
A primeira morte por afogamento foi registrada em 24 de dezembro. Anderson Francisco de Souza Martins, 51 anos, estava no mar com o genro e a filha quando teria caído em um buraco e se afogado. Na noite de sexta-feira (27), fora do horário de atendimento dos guarda-vidas, Pitter Deivis Silva, 21 anos, chegou a ser resgatado do mar, mas não sobreviveu. Ele era natural de Novo Hamburgo.
Conforme o coronel César Assumpção Nunes, comandante do Corpo de Bombeiros da 1ª região em Santa Catarina, participaram da reunião nesta manhã representantes da prefeitura, da empresa que executa a obra e técnicos da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
Outras três mortes no mar catarinense
Na tarde de sexta-feira (27), um homem de 25 anos morreu afogado na Praia da Ferrugem, em Garopaba, no litoral sul do Estado. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima era de Novo Hamburgo. Banhistas afirmaram aos socorristas que o homem teria ido ajudar uma vítima de afogamento na água, teve um mal súbito e foi retirado do mar já inconsciente e com parada cardiorrespiratória.
Um jovem de 22 anos desapareceu no mar do Balneário São Miguel, em Biguaçu, na Grande Florianópolis, na tarde de quarta-feira (25), e teve o corpo encontrado na noite de quinta-feira (26) nas águas da mesma praia. Kewyn Dias Vaz, 22 anos, natural de Porto Alegre, teria entrado no mar para pegar uma bola e não retornou mais.
Um jovem de 17 anos morreu afogado em São Francisco do Sul, no Litoral Norte, na tarde desta quarta-feira (25). O caso ocorreu na praia de Ubatuba por volta das 16h30min. O jovem estava no mar com familiares quando começou a se afogar e não retornou para a superfície. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu.