Para os cristãos, a Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes por ser uma festividade que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Repleta de momentos marcantes, ela se estende por vários dias e carrega em cada um deles diversos significados.
Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre, pontua que, apesar dos valores serem os mesmos, esta será uma celebração diferente, tendo em vista a pandemia de coronavírus que assola o mundo inteiro, e ainda faz um pedido:
— O tempo atual solicita a superação de toda forma de comodismo. Urge caminhar, avançar, respeitar a alteridade, compreender que o Senhor não só passa entre os seus e liberta, mas também caminha junto. A sociedade e as instituições precisam de ousadia e criatividade para responder aos desafios e às exigências do novo tempo inaugurado por um vírus.
A dita Semana Santa tem seu início no Domingo de Ramos, período que marca a entrada de Jesus em Jerusalém. Na sequência, são lembrados a paixão de Jesus pelas pessoas, sua morte e, por fim, a ressurreição.
Essa sucessão de fatos carrega consigo uma série de símbolos e hábitos que foram aglutinados à celebração de Páscoa ao longo do tempo. A troca da carne vermelha pelo peixe, o coelho e o consumo do vinho estão entre eles.
Para entender a simbologia, GaúchaZH contou com o auxílio da assessoria de comunicação da Arquidiocese de Porto Alegre na revisão dos símbolos cristãos.
OUTROS SÍMBOLOS
OVO
- Significa o nascimento. Inicialmente, a tradição era pintar as cascas de ovos usados na produção de pães e colocar doces dentro delas. Há cerca de 200 anos, com o surgimento do chocolate na Europa, iniciou-se a produção em formato de ovo ou de coelho durante a Páscoa, para atrair o interesse das crianças.
COELHO
- Por terem muitos filhotes numa única ninhada, os coelhos se tornaram símbolos de renovação da vida. É a mesma ideia presente na Páscoa, que celebra o renascimento de Jesus.
PEIXE
- Tornou-se símbolo para os cristãos, pois, no grego antigo, "ichthys" era a sigla que sintetizava a fé dos primeiros cristãos. Na Quaresma e na Semana Santa, a Igreja orienta os fiéis a fazerem jejum e abstinência na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa, dias marcados pelo recolhimento e pela recordação da doação de Cristo na cruz. Esse jejum também é um convite para a caridade com os mais necessitados.