Um príncipe negro viveu em Porto Alegre, no início do século 20. Vindo da África, com uma corte de 48 pessoas, estabeleceu-se na Cidade Baixa e se tornou uma referência cultural e religiosa não apenas para a comunidade negra, mas também para líderes políticos locais. Mais de 120 anos após a chegada de Custódio Joaquim Almeida ao Rio Grande do Sul, a vida de um dos mais excêntricos e influentes personagens de seu tempo no Estado ainda é pouco conhecida além das religiões de matriz africana. Muitas lacunas ainda precisam ser estudadas para compreender a trajetória e o legado dessa figura histórica.
Singular
A história do príncipe negro acolhido pela elite gaúcha que, há um século, consolidou as religiões africanas no RS
Custódio Joaquim Almeida veio do Benin, na África, e foi o responsável por assentamentos como o Bará do Mercado Público, no centro de Porto Alegre
Alexandre Lucchese