
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira que, provavelmente, as contas de luz continuarão com a bandeira vermelha patamar 1 acionada até o fim do período seco, que vai até o mês de novembro. Por causa da falta de chuvas, essa bandeira tarifária foi acionada e começou a valer no início de abril.
– Muito provavelmente no período seco não haverá uma reversão da situação. Se hoje, no final do período úmido, já se justifica despachar térmicas acima do patamar que aciona a bandeira vermelha, não é provável que essa situação se reverta até o início do próximo período úmido – disse Romeu.
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A bandeira vermelha patamar 1, que está em vigor, implica uma cobrança extra de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Ela é usada quando é preciso acionar usinas termelétricas mais caras, por causa da falta de chuvas.
Romeu explicou que o período úmido está se encerrando nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e Nordeste, por isso, mesmo que haja um regime de chuvas melhor do que nos outros anos durante o período seco, o volume de água nos reservatórios ainda estará baixo.
– Não é nesse período que vai recuperar o enchimento de reservatórios – afirmou.
Desconto
Apesar da bandeira tarifária vermelha, os consumidores terão um desconto na tarifa de abril, por causa da devolução dos valores cobrados a mais no ano passado. Os percentuais de redução variam de 0,95% a 19,47%.
A devolução vai ocorrer porque o custo da energia proveniente da termelétrica de Angra 3 foi incluído nas tarifas do ano passado, mas a energia não chegou a ser usada porque a usina não entrou em operação.