
No Dia Internacional da Mulher, o governo federal anunciou uma série de medidas pela humanizar o parto normal, reduzir procedimentos considerados desnecessários e garantir os direitos sexuais reprodutivos das mulheres. Para agilizar os atendimentos de violência contra mulheres, o governo também pretende interligar o Ligue 180, que recebe denúncias de agressões, com os serviços da Polícia Militar.
Durante cerimônia de anúncio das diretrizes, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que até hoje não havia uma diretriz específica para o parto normal.
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– As mulheres devem ser tratadas com respeito, ter acesso a informações e incluídas na tomada de decisões. Haverá um plano de parto – anunciou.
Dentre as recomendações do Ministério da Saúde às casas de parto e maternidades, estão técnicas para alívio da dor, presença de doulas e liberdade de posição na hora do parto. A manobra de Kristeller, em que o médico empurra a barriga da mãe para auxiliar na saída do bebê, também passará a ser contraindicada.
– As diretrizes garantem assistência qualificada. Há um protocolo e a mulher vai para sala do parto sabendo exatamente o que vai acontecer – disse Barros.
DIU
O ministério da Saúde também anunciou a ampliação do acesso ao Dispositivo Intra Uterino (DIU) de Cobre, um método contraceptivo que não possui hormônio. Além das Unidades Básicas de Saúde, as maternidades brasileiras também poderão ofertar o DIU em situações como o pós-parto e pós-abortamento. De acordo com o ministro, as maternidades terão até 180 dias para organizar a implantação do método, que possui índice de segurança de 99% e duração de até 10 anos.