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Em uma de suas declarações mais fortes sobre o assunto, o papa Francisco afirmou nesta terça-feira que acredita que a interdição da Igreja Católica à ordenação de mulheres como padres nunca será alterada. As informações são da Folha de São Paulo.
A afirmação foi dada em uma coletiva no avião que levava o papa de volta para Roma após visitar a Suécia. Ele disse ainda que "o Santo Papa João Paulo II teve a última palavra sobre o assunto e ela prevalece", se referindo a um documento de 1994 em que o então papa João Paulo II negava a possibilidade de incluir mulheres entre os padres.
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O Vaticano afirma que esse ensinamento é parte infalível da tradição católica. Questionado se a medida valeria para sempre, Francisco respondeu que "se lermos cuidadosamente a declaração, ela vai nessa direção".
Em agosto, o papa criou uma comissão para estudar a possibilidade de permitir que as mulheres sejam diaconisas, uma questão que divide a Igreja Católica e que representaria uma mudança histórica para a instituição. Na hierarquia católica, os diáconos ocupam o primeiro degrau. Acima, estão os padres e os bispos.
Os defensores da medida argumentam que as mulheres estão sub-representadas dentro da instituição e que não existe nenhum obstáculo teológico para que voltem a exercer uma função que tiveram nas origens do cristianismo.