Antes, o contato entre elas se resumia a um aceno no sinal vermelho, cada uma de dentro do seu carro. Agora, em ritmo frenético, trocam informações sobre o trânsito, avisam quando uma rua está bloqueada e alertam para regiões alagadas ou onde há mais risco de assalto - tudo pelo WhatsApp.
Em vídeo, conheça a história de grupos do WhatsApp
O grupo Luluzinhas do Táxi reúne 40 taxistas mulheres de Porto Alegre, mas o encontro não é apenas virtual. Entre uma corrida e outra, as motoristas do turno da noite conseguem se encontrar para um lanchinho. As do dia marcam de almoçar juntas pelo menos uma vez por semana.
A ideia foi de Tatiane Maciel, 29 anos, taxista há oito:
- Comecei a abordar as meninas na rua, nos pontos, perguntando se elas teriam interesse em participar. A maioria foi aderindo e hoje somos um coletivo muito forte.
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A cumplicidade feminina aumenta a segurança nas ruas da Capital. Na última quinta-feira, por exemplo, uma das Luluzinhas pegou dois passageiros no Centro - eles queriam se dirigir à Zona Norte. A conduta suspeita dos rapazes a fez abrir o WhatsApp no engarrafamento e enviar uma mensagem de voz: "Estou indo para o endereço tal".
- Quando pessoas mal intencionadas veem que mais gente sabe o endereço, acabam desistindo de fazer algo ruim - diz Miriele Feijó, 31 anos, há seis anos taxista.
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O acesso ao celular só se dá quando ainda estão paradas nos pontos de táxi, no engarrafamento ou, de forma muito rápida, no sinal vermelho. "Ó, tem tranqueira na Assis Brasil, evitem", avisa uma. Como as mensagens são quase sempre trocadas por áudio, há regras: é proibido falar palavrão ou contar piadas.
- Já pensou o constrangimento, se eu estiver com um passageiro e a colega falar uma bagaceirice? - diz Tatiane.
Luluzinhas do Táxi
Taxistas mulheres de Porto Alegre criam grupo no WhatsApp para compartilhar experiências
Através do grupo, as profissionais dividem informações sobre ruas bloqueadas, regiões alagadas e onde há mais risco de assalto
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