A Ranger 2024 evoluiu. A nova geração da picape média Ford cresceu, avançou no conforto, na dirigibilidade e no desempenho. Renovada, com visual forte, interior sofisticado e novo conjunto propulsor, a versão Limited traz novos recursos de apoio à condução e à segurança. Rodamos 600 quilômetros pelas ruas e estradas gaúchas com a versão topo de linha Ford Ranger Limited 3.0 V6 Diesel 4WD AT 2024, que tem preço de R$ 319.990, e de R$ 339.990, com o kit opcional.
A nova geração da Ranger acompanha as principais características de conforto, visual, propulsão e tecnologia das picapes Ford vendidas na Europa e Ásia. O novo design remete à identidade das norte-americanas F-150 e Maverick.
Fabricada em General Pacheco, na Argentina, a Ranger é montada sobre um novo chassi e recebeu reforços internos e uso de aços de alta resistência, o que, segundo a Ford, aumentou a resistência a torção em 30%.
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O visual da Ranger remete ao das norte-americanas F-150 e Maverick, com destaque para o conjunto óptico com faróis full LED e luzes diurnas e auxiliares em LED. Os para-lamas mais largos, os protetores de plástico nas caixas de rodas, os estribos, o apoio para acesso à caçamba e as barras no teto marcam as laterais.
A traseira redesenhada traz lanternas com nova assinatura em LED. A tampa da caçamba com a terceira luz de freio (brake light) integrada, o nome da picape estampada e a placa colocada no degrau do para-choque completam o conjunto.
Interior e propulsão
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Maior, mais robusta e forte, a Ranger cresceu. Ficou mais comprida, larga e alta. São 5,372 metros de comprimento, 1,91 metro de largura e 1,886 metro de altura. A nova distância entre eixos é de 3,27 metros.
Tem acesso por aproximação, partida remota ou por botão e sofisticado interior, que chama a atenção pelo visual, pelo acabamento e pela conectividade. O volante multifuncional, o quadro digital de instrumentos de 12,4 polegadas e a generosa tela vertical de 12 polegadas do multimídia valorizam o interior.
O quadro de instrumentos configurável, o mesmo da F-150 norte-americana, traz diversas informações da picape. Tem seis modos de condução – normal, eco, rebocar, escorregadio, lama e areia.
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A tela vertical do Sync 4, sensível ao toque e ao comando de voz, pode ser dividida. Interativa com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos sem fio, permite o comando e configuração de diversas funções como ar-condicionado automático digital de duas zonas com saída para o banco traseiro, áudio e celular. Mostra ainda as imagens da câmera 360 graus. Com quatro entradas USB (A e C), a recarga do celular é por indução.
O conjunto propulsor combina o motor V6 3.0 turbo diesel de 250 cv e força (torque) de 61,2 kgfm com o câmbio automático de 10 velocidades, tração 4x4 com reduzida e bloqueio do diferencial traseiro.
Com o kit opcional, a Ranger Limited conta com recursos como controle eletrônico de velocidade adaptativo e stop & go, navegador off-road, sensores de chuva e de estacionamento dianteiro e traseiro, freio de estacionamento eletrônico, alertas de colisão e tráfego cruzado com frenagem automática e detecção de pedestres, frenagem pós-colisão e reconhecimento de sinais de trânsito. Ainda tem: câmera 360º, monitor de ponto-cego, assistentes de permanência e centralização em faixas e manobras evasivas, entre outros.
Conforto, potência e força
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O comportamento dinâmico da Ranger Limited surpreendeu e pouco lembrou o da geração anterior. Nas ruas e nas estradas, a rodagem da picape remeteu a de um utilitário esportivo pelo conforto, desempenho e nível de ruído interno, principalmente em rodovias quando praticamente passa desapercebido.
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Nas avenidas e ruas de Porto Alegre e nas rodovias da região metropolitana e do litoral sobraram potência e força ao conjunto propulsor. O mesmo da F-150 incluindo a transmissão do Mustang adequada às características da picape. As câmeras e sensores auxiliaram as manobras de estacionamento em espaço limitado.
Tem respostas rápidas. A combinação do câmbio com o motor foi perfeita, o que garantiu acelerações e retomadas de velocidades que facilitaram ultrapassagens seguras, principalmente em estradas de pista simples. Nas rodovias, foi preciso atenção para manter os limites de velocidade, sempre com sobra no acelerador.
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Com quatro passageiros e carga leve na caçamba, o domínio da picape foi perfeito tanto nas ruas quando nas estradas. O uso da tração integral e dos recursos eletrônicos facilitaram a condução.
A suspensão bem calibrada absorveu as irregularidades do pavimento, buracos, lombadas e quebra-molas, comuns nas nossas ruas e estradas. A oscilação da carroceria foi mínima dentro dos limites de velocidade.
Com o apoio da tração 4x4, a Ranger ignorou a rodagem na terra batida e a areia da beira da praia. Em baixa velocidade, o impacto foi reduzido.
O consumo de combustível foi adequado às diversas condições de condução no trânsito urbano e rodoviário. Nas ruas, acompanhando o fluxo, as médias foram de 7,1 km/l a 8,6 km/l. Em velocidade constante na estrada, variaram de 11,5 km/l a 14,9 km/l, a 80 km/h, e de 10,8 km/l a 13,6 km/h a 110 km/h.
Conclusão
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Renovada, a Ranger Limited 2024 pouco lembrou o modelo anterior. A nova geração é montada sobre novo chassi e traz as principais características de conforto, visual, propulsão e tecnologia das picapes Ford vendidas na Europa e Ásia.
Sobraram potência e força para o conjunto propulsor. A suspensão bem calibrada e os avançados recursos eletrônicos auxiliam e facilitam a condução. Com interior sofisticado e avançada conectividade, a versão Limited, a topo de linha, é bem completa.
Como sempre, a avaliação do uso e do custo-benefício em relação às diversas versões das irmãs e mesmo do kit opcional da Limited é fundamental. Em especial o kit que traz componentes como rodas, pneus, quadro digital de instrumentos, partida, partida e monitoramento remoto de veículo e recursos de apoio à condução e à segurança. Também as características, tecnologia e preço das principais concorrentes do seu segmento.