O ministro de Relações Exteriores chinês, Wang Yi, viajou para Moscou nesta segunda-feira (31) para conversas com o equivalente russo, Sergei Lavrov, à medida que Rússia e Ucrânia discutem uma proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, para encerrar a guerra iniciada há três anos.
Wang deverá se encontrar com Lavrov na terça-feira (1º), dias após ucranianos e russos aceitarem em princípio um acordo de cessar-fogo limitado proposto por Trump. A dúvida é quando a eventual trégua entraria em vigor e quanto tempo duraria.
Trump criticou Vladimir Putin e Volodymir Zelenski mo domingo, 30, expressando frustração com os líderes russo e ucraniano. Embora tenha insistido a repórteres que as negociações apresentaram "muito progresso", Trump admitiu que "há um ódio tremendo" entre os dois líderes. Ele disse também estar "zangado, irritado" por Putin ter questionado a credibilidade de Zelenski.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, enfatizou a posição de neutralidade de Pequim em relação ao conflito da Ucrânia.
"Sempre acreditamos que o diálogo e a negociação são a única maneira viável de sair da crise. A cooperação da China com a Rússia não tem como alvo uma terceira parte e não deve ser afetada por nenhuma terceira parte", disse Guo a repórteres em coletiva de imprensa diária.
A China não mencionou a Ucrânia ao anunciar a viagem de Wang, dizendo apenas que os dois países "continuam aprofundando a coordenação estratégica e expandindo a cooperação prática em vários campos".
"O lado chinês está pronto para aproveitar essa visita como uma oportunidade de trabalhar com o lado russo... em questões internacionais e regionais de interesse comum", disse o porta-voz do ministério chinês. Fonte: Associated Press.