O final de tarde deste domingo (15) marcará o terceiro jogo do Inter no Brasileirão e a tentativa colorada de manter os 100% de aproveitamento na competição. O confronto contra o Fluminense é, por si só, um clássico do futebol nacional que já foi semifinal de campeonato brasileiro, final de Copa do Brasil ou jogo eliminatório em Libertadores. Atrações não faltam, sendo a principal o reencontro colorado com seu ex-treinador Odair Hellmann. Há; contudo, um ponto inédito na história deste jogo que o torna frustrante como todas as partidas desta era de pandemia, ou um pouco mais.
Pela primeira vez um clube gaúcho jogará para um Maracanã vazio. Qualquer estádio sem público já é um cenário melancólico, mas aquele que se eternizou como o "maior do mundo", quando não tem torcedores, se torna mais triste do que os demais. Curiosamente foi lá que os jogos foram retomados no Brasil com o Flamengo enfrentando o Bangu ainda no campeonato carioca em junho. Será neste palco também que a Libertadores terá sua final de 2020 em 2021. Para esta partida, porém, ainda não se tem a certeza dos portões fechados.
Se haverá tristeza com o vazio do Maracanã para Fluminense e Inter, dentro de campo pode se esperar novamente o time de Eduardo Coudet propondo jogo contra uma reativa equipe de Odair. Os estilos dos dois treinadores independem de fatores externos ou mesmo do local dos jogos. Contra o Grêmio, na Arena, mesmo com menor posse de bola, se viu um Flu chegando ao ataque. Pelo lado colorado, foram duas partidas muito mais no campo adversário do que atuando defensivamente. Papito conhece bem os atletas treinados por Chacho, e estes, certamente já passaram as manhas do comandante adversário para o argentino.
Não se pode garantir um jogo altamente técnico no Rio de Janeiro, mas intensidade é uma palavra de ordem para as duas equipes. Vai valer muito a questão física e a resistência. Quem aguentar mais um ritmo forte tem grande chance de triunfo. O Inter se mostrou muito bem neste quesito até agora e não será surpresa retornar a Porto Alegre com nove pontos na tabela, trazendo os últimos três de um triste Maracanã vazio, o mesmo estádio que em 1974 registrou o maior público da história colorada com 114 mil pessoas num empate em 2 a 2 com o Vasco.