Entre as várias manifestações do recém eleito presidente do Inter, apenas uma deixou-me com uma pulga atrás da orelha. Disse Marcelo Medeiros que a hora é de reconstruir relações com a CBF e o STJD. Ficou-me a impressão de que o dirigente pensa em encerrar a questão provocada pelo Inter com relação ao jogador Victor Ramos, do Vitória.
A ação colorada foi arquivada por um procurador do tribunal, mas em seguida a CBF denunciou o Inter de usar documentos falsos (e-mails) no seu recurso. Se não tivesse havido esta denúncia, o Inter até poderia encerrar o caso, mas já não tem caminho de volta após a grave acusação da CBF. Mais do que provar a lisura do seu comportamento, o Inter tem a obrigação de demonstrar a manobra da entidade para desmerecer as provas coletadas pelo Inter.
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Permitir que a denúncia da CBF se transformasse na última palavra seria permitir a suspeita de que o Inter falsificou provas. Não, definitivamente o Inter não pode, simplesmente, se retirar do caso. É dever de o clube ir até o fim. Nem que seja preciso ir à Fifa.
Sem tapetão
O Inter poderia declarar – acho que deveria – que não tem o objetivo de voltar à Série A através do tapetão. E deixar claro que é questão de honra provar que houve má fé na inscrição de Victor Ramos e, principalmente, que é uma denúncia vazia a de que falsificou documentos para reforçar a sua ação jurídica.
A volta
Quando o vice-presidente de futebol do Inter, Carlos Pellegrini, rechaçou uma opinião de D'Alessandro dizendo que o jogador deveria jogar e deixar para os dirigentes administrar o clube, convenceu D´Ale a deixar o Inter. Agora que Pellegrini não está mais, o argentino está liberado para voltar. Se D´Alessandro aceitar disputar a Série B, estará dando prova definitiva da sua identificação com o Inter.
