Considero compreensível cobrar das federações melhorias e respostas em relação aos árbitros no Brasil. Nos últimos anos esse tema tem recebido protagonismo na hora de falar sobre futebol. Isso não é positivo. O melhor elogio para arbitragem é quando ela passa despercebida. Porém, não tem sido essa a realidade no futebol brasileiro. Em todos os campeonatos as reclamações e polêmicas sobre o tema tomam conta das manchetes a cada rodada.
O problema é a banalização dessas reclamações. O que está acontecendo no Gauchão não pode se perpetuar. Reclamar dos acertos da arbitragem nos primeiros jogos da competição é incoerente com tudo que pedimos para que a competitividade do futebol melhore. Os pênaltis a favor do Inter foram bem marcados. Relativizar essas marcações é uma forma de tentar condicionar os jogos nas próximas rodadas.
Se o protesto for por conta da falta de coerência dos árbitros, é justo buscar direitos iguais. A forma como os critérios mudam faz com que a gente desconfie da capacidade desses profissionais em suas atuações. Porém, isso não pode servir como bengala para “cobrar” que erros sejam cometidos com outras equipes. A banca paga e recebe. Esse é o tom desde que o mundo é mundo.
Noto um certo desespero do lado azul com a possibilidade de perder esse campeonato. Para muitos, a pressão maior está do lado colorado, que não vence há muito tempo. Mas os papéis parecem invertidos. O lado tricolor é pautado por jogos do Inter. Enquanto isso, o Inter e seu torcedor seguem preocupados com seus próprios problemas e buscando o bom desempenho do segundo semestre do ano passado.
Reclamar da arbitragem faz parte. Agora, reclamar do que está sendo feito da forma correta é novidade. Essa choradeira tem três cores: azul, preto e branco.
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