Depois de comer crepioca e ameixa, bem madura e doce, Maya olhava fixamente para a minha tigela de granola, incrementada com sementes e frutas secas extras. Eram sete e pouco da manhã e cumpríamos o nosso ritual da primeira refeição do dia. De repente, a Maya estendeu o bracinho e tentou tirar a colher da minha mão. Queria explorar uma nova possibilidade. Deixei. Ela agarrou o talher com a mãozinha e, ainda sem a firmeza dos adultos, levou-o à tigela. Pescou três pedacinhos de granola e os transportou em direção a minha boca. Fiquei surpreso. E emocionado. Talvez para a Maya fosse só uma brincadeira, mas, para mim, ser alimentado pela minha filha, tão pequena, acionou algo diferente.
Cuidado com o outro
Opinião
Nosso papel
Quando a gente não espera nada em troca, além da imensa alegria de poder fazer pelos outros, é que a recompensa vem
Tulio Milman
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