É, no mínimo, intrigante. Até onde minha memória alcança, sempre foi assim: o resultado das eleições presidenciais são anunciados e o vencedor começa a festa. Vibra, como se houvesse ganho uma Copa do Mundo. Sobe em um carro de som e, com as veias da garganta saltadas, faz um discurso recheado de euforia, promessas e palavras de ordem. A festa não é só do vencedor, mas de seus familiares, amigos, assessores e eleitores, milhares deles. A multidão delira e grita: “Mito, Mito, Mito!” ou “Lula, Lula Lula”. Ou “Dilma guerreira, do povo brasileiro”. Ou qualquer outra coisa que, no fundo, é a mesma coisa. Então, essas milhares de pessoas voltam para casa e vão dormir com a certeza de que agora vai, enquanto outra parcela do país, a derrotada, igualmente adormece, mas convicta de que “agora não vai”. Tudo pura emoção.
Emoção pura
Opinião
Copa, eleição e euforia
Longe de mim demonizar a política. Sem ela, não há solução
Tulio Milman
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