A Maya tem 11 meses, mas já odeia política. Tive certeza quando, durante a semana, um caminhão de som passou aqui na frente durante o soninho da tarde. Se ainda fosse Alecrim Dourado ou Galinha Pintadinha... não era. Os alto-falantes despejavam, volume máximo, uma música cheia de rimas ruins e promessas absurdas. Aí ela, que ainda não sabe falar, acordou e chorou, a plenos pulmõezinhos. Tentei explicar que os titios que fazem isso se dizem defensores da democracia e das liberdades individuais e, por isso, querem o voto dos adultos. “Olará, olerê, para fazer mais por você”, cantei. Mais choro. É setembro.
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Olará, oleri
Os alto-falantes despejavam, volume máximo, uma música cheia de rimas ruins e promessas absurdas