Um colaborador de um zoológico gaúcho me contou, faz alguns anos, uma história espetacular. Certo dia, houve uma fuga de macacos. Depois de observar várias vezes como o tratador desligava os mecanismos de segurança e abria o portãozinho da jaula, o líder do bando fez o mesmo. Esticou o braço peludo entre as grades, cortou a energia elétrica, abriu a porta e, aos gritos, conduziu o bando, eufórico, rumo à mata fechada. Só que, algumas horas depois, um a um, todos começaram, espontaneamente, a voltar. Foram chegando, devagarinho, e se acomodando nas imediações do cativeiro. Estavam com fome, mas não sabiam como se alimentar sem a ajuda de um ser humano. Assim, foram recolocados no recinto de onde escaparam, ao mesmo tempo que a chave que desligava os mecanismos de proteção foi mudada de lugar, para longe do alcance de qualquer símio que ousasse desafiar o sistema.
Para refletir
Opinião
Bananas, liberdade e independência
Liberdade, assim como independência, não são um fim, mas um processo constante
Tulio Milman
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