Segunda-feira passada, tarde fria e ensolarada, esquina da Nilópolis com a Carazinho, em Porto Alegre. Eu voltava caminhando da academia para casa. Enquanto cruzava a rua, ouvi um chamado afoito, quase impositivo, na minha direção. Veio de alguém na calçada, ao lado da sinaleira. De canto de olho, vi que o homem carregava algo na mão. Uma sacola ou alguma coisa parecida: “SENHOR! SENHOR!”, berrou, a plenos pulmões, querendo chamar a atenção. Me assustei. Pressenti, por instinto, algo ruim.
Crônicas de Porto Alegre
Opinião
Os morangos da esquina
Senti alívio e vergonha. Vergonha pelo julgamento sumário e injusto. Alívio porque acontecia ali algo simples e exemplar
Tulio Milman
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