Todo final de tarde, o mesmo deputado ligava para o colunista de política José Barrionuevo. Eu começara poucos dias antes a trabalhar como assistente do Barrio, minha primeira função na RBS, e já tinha percebido o ritual que se repetia. Minha mesa ficava ao lado da dele. Notava a sua impaciência diante das longas observações e análises feitas pelo interlocutor. Mas o Barrio nunca foi grosseiro. Ouvia, sorria, tentava encurtar o assunto, mas raramente conseguia. O deputado, que ocupava uma posição importante, falava, falava e falava. Aquele era o horário do fechamento da edição, quando a redação de Zero Hora fervia. Não havia tempo a perder. Mas o maior colunista de política do RS perdia.
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Aquele era o horário do fechamento da edição, quando a redação de Zero Hora fervia
Tulio Milman
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