
Luciano Huck e Sergio Moro andam conversando sobre política. A partir daí, surgiram as primeiras análises sobre uma eventual chapa para a eleição presidencial de 2022. Luciano Huck está em campanha há bastante tempo. Não uma campanha ostensiva, mas sim a execução disciplinada de uma estratégia de construção de imagem. Moro largou a toga para entrar na política. Na arrancada, deu de cara na parede, mas tem cacife para se reerguer.
Só que juntar ambos na mesma chapa seria um erro, sob a análise do quadro que hoje se apresenta. Dois homens, brancos, que nasceram perto um do outro – a distância entre São Paulo e Maringá é de 540km – e que transitam pelos mesmo territórios sociais e econômicos teriam dificuldades, por exemplo, no Nordeste, mesmo que o apresentador da Globo tenha muita popularidade por lá. Por isso, o mais provável é que a eventual aliança entre os dois se dê em outros patamares.
Seja como for, duas verdades se impõem nesse momento: a campanha para a sucessão de Bolsonaro começa a ganhar forma e a vitória de Joe Biden dos Estados Unidos deu novo ânimo ao centro no Brasil.