
O vice-presidente Hamilton Mourão estabeleceu um ranking de qualidade na tecnologia 5G, pivô das maiores tensões comerciais e políticas entre EUA e China e que, por isso, também envolve o Brasil. Trata-se de um mercado global, bilionário e de grande impacto estratégico.
Mourão colocou duas empresas da China em primeiro lugar e os EUA na quinta posição, atrás da Finlândia e da Suécia. Foi durante uma live com o vereador Valter Nagelstein.
O próprio governo americano admite sua fragilidade no setor. Para impedir o avanço da China, tem apoiado as empresas escandinavas Nokia e Ericsson.
O vice-presidente apontou a falta de adesão às normas locais de segurança de dados como o principal ponto fraco dos orientais, lembrando que, hoje, no Brasil, mais de 30% da estrutura de 4G, base para a implementação do 5G, já é chinesa, que tem a empresa Huawei como maior expoente do setor.
Mourão é, no governo federal, um dos maiores especialistas no tema, que divide opiniões. A dúvida entre aderir ao modelo americano ou ao chinês, porém, pode ajudar na negociação de uma proposta mais vantajosa ao Brasil. É a velha regra de mercado: se o cliente se mostra indeciso e ameaça não comprar, o preço baixa e as condições do negócio tendem a melhorar.