Há algo em comum entre os recentes movimentos sociais e políticos na América do Sul: a surpresa. Da vitória de um neoperonista na Argentina à violência no Chile, passando pela revolta dos índios no Equador, pela dissolução no parlamento no Peru e pelos protestos na Bolívia, quase ninguém previu o que estava por acontecer. Não me considero alarmista, mas a oscilação acelerada e precoce do pêndulo da História vai desenhando pontos que se unem de um jeito barulhento. O bolivarianismo e suas vertentes eram considerados, até bem pouco, moribundos. Jaziam semienterrados, nocauteados pela guinada à direita que varreu o continente e boa parte do planeta. Subitamente, o susto.
A ressurreição da esquerda
O Brasil será o próximo? Já fomos pegos de surpresa antes
Somos diferentes, mas não somos uma ilha na América do Sul
Tulio Milman
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