O furto de energia chega a números impressionantes no país. É um crime que acontece por meio das ligações clandestinas (os famosos gatos) ou fraudes em medidores.
O levantamento mais atualizado da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) indica que, em 2017 e 2018, em média 7,8% da luz consumida no país não foi paga. São 31,7 mil gigawatts por ano. Trocando em miúdos, seria o suficiente para abastecer os Estados do Paraná e de Goiás que, juntos, têm uma população de 18 milhões de pessoas.
O delito custa caro para todos os consumidores, que acabam pagando a conta. A entidade calcula que, se este tipo de transgressão não existisse, a fatura dos brasileiros poderia ser entre 6% e 7% mais barata.
Maior concessionária do Rio Grande do Sul, a RGE encontrou, no ano passado, uma média diária de 81 ligações clandestinas em sua área, de 381 municípios. Reportagem publicada na sexta-feira em Zero Hora mostrou que a CEEE perde cerca de R$ 200 milhões ao ano com os gatos e as fraudes.