Assumir a segurança pública em um Estado quebrado soa como insanidade. Foi justamente por falta de dinheiro que o secretário de Segurança mais popular do país, José Mariano Beltrame, viu seu trabalho desmoronar no Rio de Janeiro.
O Rio Grande do Sul, apesar dos cofres raspados, tem uma vantagem que pode fazer toda a diferença: A Lei de Incentivo à Segurança, uma iniciativa do Instituto Floresta que venceu resistências no governo e na Assembleia antes de ser aprovada. O dispositivo garante o uso de impostos por empresários que desejarem investir diretamente na compra de viaturas, armamentos e em treinamento de policiais — a partir de projetos chancelados pelo poder público.
Além disso, Beltrame é gaúcho de Santa Maria e uma volta ao Estado mexeria com um aspecto emocional positivo. No dia 1º de dezembro, o Informe Especial publicou a primeira notícia sobre o convite. Ainda de uma forma sutil, mas baseado em informações concretas:
" É mais que especulação o nome de Mariano Beltrame para a Secretaria de Segurança do Estado". Mais tarde, a informação se confirmou.
Não se sabe se o convite será ou não aceito — nem todos os fatores que pesam em uma decisão como essa são públicos. Mas o fato de Beltrame pensar seriamente sobre o assunto já é uma prova de a aprovação da Lei de Incentivo à Segurança foi um baita acerto.