Lealdade e disciplina são dois pilares de sustentação da vida militar. O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, não só sabe disso, como vem praticando ambos os atributos ao longo da sua carreira no Exército.
Por isso, não é de se estranhar que Mourão tenha levantado a voz de forma clara e rápida assim que veio à tona a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro.
O vice cobrou explicações. O que pode parecer fogo amigo é, na verdade, um gesto de coerência e preservação dos valores decisivos para a eleição da chapa Bolsonaro-Mourão: transparência e honestidade.
Milhões de brasileiros, cansados da corrupção patrocinada pelos partidos tradicionais, optaram pela promessa de fazer diferente. Por isso, Jair Bolsonaro e seus aliados não podem reclamar das cobranças. Enquanto elas vieram de dentro do próprio governo e em tom igual ou mais alto que o das ruas, haverá esperança.