
Há pouco mais de 30 dias, a prefeitura de Porto Alegre deu a largada em um projeto promissor: a instalação de 45 contêineres verdes no Centro Histórico exclusivos para coleta de lixo reciclável.
A ideia era — assim como já acontece com o lixo orgânico nos recipientes cinzas— tornar automatizado o recolhimento de papel, plástico, vidro e metal na Capital.
Nada muito complexo. Cinza para o lixo orgânico. Verde para o reciclável.
A coleta seletiva, que era realizada três vezes por semana até então, passou a ser diária no quadrilátero formado pela Avenida Mauá e ruas Doutor Flores, Riachuelo e Caldas Júnior — a área de teste.
O que não foi promissor, no entanto, foi o resultado. Um mês depois, 88,45% dos materiais descartados nos contêineres verdes eram basicamente resíduos orgânicos e rejeitos. Não funcionou porque as pessoas não se deram ao trabalho de colocar o lixo no contêiner adequado.
A quantidade de material reciclável foi tão pequena que três unidades de triagem que trabalham em parceria com a prefeitura recusaram-se a receber a coleta dos recipientes verdes. No período, foram recolhidos 70,8 toneladas de lixo.
A conclusão dos técnicos do departamento é de que o percentual de rejeito, encontrado numa amostra de 811 quilos, é elevado se comparado ao percentual médio da coleta seletiva porta a porta.
A Secretaria de Serviços Urbanos garante que vai continuar investindo no projeto durante os 12 meses de teste.