Quando eu era criança, um dos meus maiores medos era de entrar no banheiro errado. Se ia a algum restaurante com a minha família, conferia pelo menos três vezes se a placa pendurada na porta do sanitário tinha o boneco de linhas retas e sem vestido desenhado. Um pouco maior, já sabendo ler, fiquei obcecado em busca das palavras mágicas que me permitiriam entrar sem perigo no ambiente: “masculino” e “cavalheiros”. Na minha cabeça pueril, a escolha errada significaria ser acusado de tarado ou, coisa pior, ser chamado de menina.
Identidade
Transgêneros: de que importa o desenho na placa do banheiro?
"O que é feito na privada, dentro das quatro paredes da cabine, é trabalho solitário, fica longe dos olhos alheios"
Cadu Caldas
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